quarta-feira, 31 de agosto de 2011

UNIR adota ENEM como fase única no Processo Seletivo 2012


A Universidade Federal de Rondônia (UNIR) comunica que o único critério de seleção adotado pela instituição para a entrada de novos alunos será o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). A medida foi aprovada em reunião do Conselho Acadêmico (CONSEA), no dia 25 de agosto de 2011, após a divulgação da decisão prolatada nos autos da Ação Cível Pública 2000.41.002015-1/RO; e Parecer da Força Executória consoante o ofício 291/2011/AGU/PGF/PF/RO, onde determina a isenção da cobrança de taxa para inscrição de vestibular da UNIR.


A partir da decisão judicial, a UNIR não tem condições de custear o Processo Seletivo 2012, pois isso comprometerá o equilíbrio orçamentário e financeiro da instituição, o que poderia acarretar prejuízos incalculáveis a comunidade acadêmica.

    Os candidatos que quiserem cursar alguma graduação presencial na UNIR devem, obrigatoriamente, fazer o ENEM 2011 e, posteriormente, realizar sua inscrição e indicar a opção pela universidade, exceto o curso de Licenciatura em Educação Básica Intercultural de habilitação de docentes indígenas e cuja seleção é de caráter específico e diferenciado.

As provas do ENEM serão aplicadas nos dias 23 e 24 de outubro de 2011 em todo o país. Mais informações sobre o ENEM podem ser obtidas no sítio http//:www.inep.gov.br.

Fonte: UNIR

sábado, 27 de agosto de 2011

PROJETO TERCEIRÃO DO JBC NA MIRA DE INVEJOSOS

Que o Projeto Terceirão  desenvolvido na Escola João Bento da Costa causa inveja a muitas pessoas isso é fato, porém até a presente data ainda não se observava de forma clara e objetiva o quanto o sucesso de alunos e  professores que trabalham no projeto causava/incomodava os demais professores da própria escola.

O ex-Diretor Suamy sempre deixava claro que o Projeto desenvolvido pela Escola começava na 1ª série do Ensino Médio e , a equipe que trabalha na 3ª série/ensino Médio sempre concordou com isto  juntamente com a atual Direção Prof. Francisco e Elizabet , pois a aprovação de inúmeros alunos para as Universidades vem de uma base bem trabalhada nas primeiras e segundas séries do Ensino Médio, porém Educadores que atuam na 3ª série do Projeto Terceirão vem sentindo-se desestabilizado neste ano de 2011 devido a denúncias infundadas de um colega Professor ao Ministério Público e ao Conselho de Educação.

O projeto para quem não tem conhecimento vem sendo desenvolvido há 10 (dez) anos. Iniciou no ano de 2001 , numa perspectiva de escola inclusiva oferecendo oportunidades aos alunos de diferentes condições sócio-econômicas, culturais, capacidades e interesses. José de Arimatéia Dantas, Walfredo Tadeu Vieira da Silva , José do Nazareno Silva e Manoel Antonio foram os idealizadores,partindo da premissa da formação inadequada de alunos da escola pública que concluem o Ensino Médio e não conseguiam ingressar em uma Universidade Federal pela falta de conhecimentos suficientes em igualdade de condição com os outros jovens de classe média que estudavam em instituições privadas da cidade, os quais são mais preparados para enfrentar um vestibular.Realizando um trabalho de boa qualidade na escola pública, os jovens de baixa renda teriam mais chances de ingressarem na universidade, pois estariam habilitados a enfrentar os novos desafios do século XXI o qual está sendo chamado de século do conhecimento, com mais saberes aliados à competência tornando-se indispensável para a vida cidadã e para o mundo do trabalho, ou seja, o projeto surgiu pela iniciativa dos próprios professores que foram lotados na Escola visando dar condições à comunidade carente ao ingresso nas Universidades via vestibular, Prouni e SISU recebendo total apoio do ex-Diretor Suamy (na época da implantação), da SEDUC e da comunidade que viu aí a chance de seus filhos não pararem seus estudos ao final do Ensino Médio, tanto é, que hoje a Escola conta com alunos dos quatro cantos da cidade que buscam vagas ali em busca de uma boa preparação para o vestibular.

Até o ano de 2010 o Projeto da forma como foi e é trabalhado (com simulados freqüentes, aulas aos sábados, aulões, palestras em parcerias com terceiros, aulas extras no horário contrário) só fez aumentar o número de alunos preparados da escola pública aprovados nas Universidades Federais (em 2010 além da UNIR, também na UFAC, UFMT, PUC, UFRJ, IFC, UFRGS,UFAM,UFPA entre outras), bem como nas faculdades Particulares através do PROUNI e, isso é fato e não se questiona, pois basta pegar os resultados e verificar e, não havia até então questionamentos infundados como os que vem ocorrendo neste ano. Todo esse resultado positivo do Projeto Terceirão da referida Escola é de conhecimento das autoridades competentes do Estado, bem como do MEC, além de que sempre foi divulgado na imprensa local e, não há autoridade (Secretários, Governador,Vereadores,Prefeito) que não tenha conhecimento, por isso é inadmissível que um professor que não se enquadra no projeto pedagógico da Escola venha querer denegrir a imagem e os resultados obtidos no projeto. Vale ressaltar aqui que o professor em questão já trabalhou no projeto no início e nunca reclamou por as turmas estarem juntas, pelo fato das turmas terem aulas extras fora do horário e aos sábados, bem como pela compra de material mas embora não reclamasse foi justamente devolvido à SEDUC pela falta de compromisso com os alunos, retornando  ao quadro este ano via REN.Todos sabem que o Governo não disponibiliza material concernente ao conteúdo regional,então pergunta-se: Qual o problema de os alunos precisarem comprar um livro de R$20,00 para suprir a necessidade do aprendizado? Qual o problema de os alunos voltarem em horário contrário para frequentar aulas-extras com professores contratados pelo Projeto? (Será que ele vai denunciar o Dr. Confúcio por estar querendo implantar a escola integral no Estado?) Qual o problema de todos estarem engajados numa luta comum trabalhando com rifa uma vez ao ano para sanar problemas pertinentes ao projeto, já que os recursos oriundos do MEC tem seu destino próprio? Se isso não incomoda os alunos que participam e pais destes, por que somente o professor denunciante  se vê "ferido" diante de tais ações? 

Lembramos que no início do ano letivo devido à falta de professores no projeto que amplia a cada ano foi oferecido as turmas aos professores integrantes do quadro, mas nenhum se predispôs a trabalhar no 5º tempo e aos sábados e declinaram do convite fazendo com que a Direção buscasse fora pessoas que podiam e queriam trabalhar no projeto, pois acima de tudo exige-se compromisso com a ementa ; exige-se compromisso e responsabilidade com um trabalho direcionado as competências e habilidades do Enem, ou seja, exige-se qualidade na aprendizagem de nossos alunos e, infelizmente os que criticam são justamente àqueles que não tem compromisso com a educação, pois além de chegar atrasado, acabam a aula antes do horário, faltam frequentemente, não participam de reuniões pedagógicas, dos conselhos bimestrais, não participam da reunião com os pais e muito menos participam de atividades desenvolvidas na Escola.

Projeto Terceirão já de conhecimento da SEDUC e dos professores de 1ª a 3ª série/Ensino Médio compromissados com a escola é ofertado para que sejam apresentados conteúdos desconhecidos dos alunos (conteúdos não ensinados nos 1º e 2º anos do E.M) bem como para reforçar conteúdos trabalhados na ementa e que os alunos possuem dificuldades em absorvê-los. Todos sabem que a SEDUC não lota professores apenas para reforço e o que a Escola faz , nada mais é do que tentar sanar os problemas de dificuldade de aprendizagem do aluno e NENHUM aluno jamais foi impedido de frequentar as aulas por não ter participado da venda da rifa ou de não ter comprado os livros de regionais,pois a escola possui acervo disponível a alunos que não adquiriram os livros. Dificuldades são várias as encontradas no projeto,mas nada tira o mérito dos bons resultados.

Então fica aqui um questionamento: Vale a pena ACABAR com um projeto que tem levado benefícios aos alunos da Escola Pública?????? Ressaltamos que os Educadores que trabalham na série em questão não precisam da Escola, pois são competentes para trabalhar em qualquer escola do país, quem precisa desses Educadores são os alunos da comunidade , pois se tivessem um Ensino Médio de qualidade desde o início não precisariam de aulas de reforço e compra de material regional para suprir suas necessidades,mas sabemos que a falta de professores,a falta de pessoas compromissadas que passam pela vida do aluno em várias escolas sempre deixam lacunas que precisam ser sanadas e o Projeto em questão (disponível no site: www.joaobentodacosta.webs.com) nada mais é que um Projeto simples que visa aprendizagem com qualidade sanando as dificuldades.

Então fica aqui alguns recados:

Ao denunciante: .Dê uma boa aula em suas turmas e pare de perseguir os Educadores do Projeto, pois como se sabe o senhor já foi diretor em uma escola pública e trabalhou com rifas,bem como com aquisição de material,então por que essas denúncias infundadas objetivando apenas criar conflitos na escola ? O JBC não precisa desse tipo de profissional! Leia e  Conheça o projeto disponível na escola e no site citado acima.Quem sabe o senhor consegue entendê-lo! Qualquer dúvida é só perguntar...

À Galera do Terceirão: Força e Garra Galera! Esse tipo de educador não merece sequer ser olhado com desprezo por vocês! Vão em frente !

À Direção da Escola: Pessoas que desestabilizam a escola não merecem fazer parte desse quadro de excelência e competência. Tomar providências se faz necessário,pois o projeto conta com parecer da SEDUC e do MEC e jamais uma ação desenvolvida foi realizada  às escondidas.Pessoas como o denunciante são capazes de influenciar uma equipe inteira levando ao fracasso uma escola que dá certo.

À Segunda série/Ensino Médio JBC: Fiquem alerta, pois o Projeto Terceirão pode acabar,pois nem todos os professores estão disponíveis para  trabalhar de forma gratuita aos sábados,domingos e feriados.Apoio é necessário!

Por Soniamar S. Salin (Professora JBC)







domingo, 21 de agosto de 2011

UNICAMP abre inscrições nesta segunda-feira para vestibular 2012

Taxa de inscrição é de R$ 128.

Serão 3.444 vagas em 66 cursos da Unicamp e dois cursos da Famerp.

Do G1, em São Paulo

A Univesidade Estadual de Campinas (Unicamp) inicia nesta segunda-feira (22) as inscrições para o vestibular 2012. A taxa para participar do processo seletivo é de R$ 128. As inscrições poderão ser feitas até o dia 23 de setembro pela internet, em formulário disponível no site da Comissão de Vestibular (Comvest). Serão oferecidas 3.444 vagas em 66 cursos da Unicamp e dois cursos da Famerp (Faculdade de Medicina e Enfermagem de São José do Rio Preto).

O manual do candidato estará disponível para consulta e impressão na página eletrônica da Comvest. A primeira fase será realizada em 13 de novembro e a segunda fase nos dias 15, 16 e 17 de janeiro de 2012.

A prova da primeira fase tem duas partes, a redação e a parte de conhecimentos gerais, com 48 questões de múltipla escolha. Na segunda fase, os candidatos fazem provas discursivas em três dias seguidos. No primeiro dia é a prova de língua portuguesa, literatura e matemática. No segundo dia é prova de ciências humasnas e artes e de inglês. No terceiro dia tem prova de ciências da natureza.

Isenção e redução da taxa de inscrição

Os candidatos beneficiados com a isenção do pagamento da taxa de inscrição não são automaticamente inscritos no vestibular. É preciso realizar a inscrição, no mesmo período dos demais candidatos, utilizando o código específico de candidato isento, disponível na página da Comvest. Os pedidos de isenção da taxa de inscrição foram recebidos em maio. Foram  4.741 candidatos banediciados com a isenção do pagamento da taxa de inscrição.

Entre os dias 23 e 26, a Comvest aceitará declarações de interesse de redução de 50% da taxa de inscrição. Podem solicitar a redução estudantes regularmente matriculados em uma das séries do ensino fundamental ou médio ou curso pré-vestibular ou curso superior (graduação e pós-graduação); e estejam desempregados ou recebam menos de dois salários mínimos por mês. A Comvest divulgará a lista de beneficiados com a redução de 50% da taxa de inscrição dia 2 de setembro.

Saiba mais:

Portugal legalizou Drogas e acertou!


Por Sérgio Domingues 
No Rio e em São Paulo, vítimas do crack vêm sendo tiradas das ruas à força. As autoridades dizem que se trata de medida de saúde pública. Acredita, quem quiser. Não se trata apenas da comprovada inutilidade da internação forçada. As políticas públicas relacionadas às drogas costumam resumir-se a jogar os dependentes em depósitos sujos.
Enquanto isso, Portugal dá exemplo. Desde 2001, o país aboliu oficialmente todas as penas criminais para posse de drogas. É o primeiro país europeu a fazê-lo. Os resultados estão num relatório publicado pela revista Time, em abril:

…entre 2001 e 2006, as taxas de uso durante a vida de qualquer droga ilegal entre os alunos do sétimo ao nono ano caiu de 14,1% para 10,6%. O uso caiu também entre os adolescentes mais velhos. O consumo de heroína entre 16 a 18 anos de idade caiu de 2,5% para 1,8%. Infecções pelo HIV em usuários de drogas diminuíram 17% e as mortes relacionadas com a heroína e drogas similares caíram pela metade. Além disso, o número de pessoas em tratamento para dependência de drogas subiu de 6.040 para 14.877. Após a descriminalização, o dinheiro economizado com as punições aos usuários permitiu aumentar o financiamento para tratamentos.
 
Estes números mostram algo totalmente oposto ao que resultou da Guerra às Drogas promovida pelo governo americano. Abordagem adotada por vários países, incluindo o Brasil. Entre suas conseqüências, está a entrega de regiões inteiras do México ao controle violento dos traficantes. Ao mesmo tempo, aumentam a produção e o consumo ilegais de drogas.

Natural. A especialidade do governo americano é iniciar guerras para que sua indústria lucre com os trágicos resultados. Neste caso, o grande negócio são as próprias drogas. Cerca de 300 bilhões de dólares anuais são movimentados pelo comércio ilegal. Dinheiro injetado nas veias do sistema financeiro depois de devidamente lavado.

Fonte: Debates Culturais

Revista Time

*Sérgio Domingues é Militante social e partidário (PSOL). Membro do coletivo Revolutas. Também tem um blog sobre mídia: Mídia Vigiada. Sociólogo.
Siga a Revista Debates Culturais pelo twitter: @debatescult

TEMAS ENEM: O que você não pode deixar de ter conhecimento para a prova do ENEM


As provas do Enem 2011 serão aplicadas nos dias 22 e 23 de outubro.Informar-se é preciso para quem ainda não atentou para o estilo da prova .Ainda dá tempo! Pesquise, informe-se pois a prova do ENEM trabalha muito com temas da atualidade.

(Crédito: Dreamstime/Divulgação)
(Crédito: Dreamstime/Divulgação)

CÓDIGO FLORESTAL

Como as mudanças do código florestal estão em pleno debate é bom se informar sobre o que está sendo proposto para ser alterado e o que isso implicará para o meio ambiente. O tema é um forte candidato para estar na redação do Enem.


MARCHAS

(Crédito: Dreamstime/Divulgação)
(Crédito: Dreamstime/Divulgação)

A proibição da Marcha da Maconha, que se tornou Marcha pela Liberdade de Expressão, teve um ato de repressão policial que repercutiu no Brasil inteiro. O "Churrascão da Gente Diferenciada", que foi organizado por meio da rede social Facebook, também reuniu muitas pessoas para protestar contra a mudança de local de um metrô, em São Paulo. É possível que o exame coloque as marchas e manifestações públicas em pauta na hora proposta de redação.


QUESTÕES COMPORTAMENTAIS


(Crédito: Dreamstime/Divulgação)
(Crédito: Dreamstime/Divulgação)

Questões como preconceito e direito das minorias podem cair no exame. Portanto, é importante dissertar sobre a questão com uma linguagem objetiva que mostre que tem muito a contribuir com o debate social.



REDES SOCIAIS



(Crédito: Dreamstime/Divulgação)
(Crédito: Dreamstime/Divulgação)

Ainda que o Enem não costume trabalhar com temas internacionais, é importante estar por dentro do levante da democracia nos países árabes que foi estimulada, sobretudo pelas mídias sociais

Intervenção do Estado em hábitos culturais


(Crédito: Dreamstime/Divulgação)
(Crédito: Dreamstime/Divulgação)

O caso da proibição do véu na França põe em debate se o Estado tem o direito de intervir em hábitos culturais do ser humano. O assunto pode eventualmente aparecer na proposta de redação do exame.

Intervenção internacional


(Crédito: Dreamstime/Divulgação)
(Crédito: Dreamstime/Divulgação)

A intervenção internacional para preservar direitos da população, como ocorreu na Líbia, pode dar uma boa discussão na redação do exame.

Criminalidade e agressão dos jovens


(Crédito: Dreamstime/Divulgação)
(Crédito: Dreamstime/Divulgação)

A tragédia do Realengo, quando um jovem entrou na escola na Zona Oeste do Rio de Janeiro atirou contra 12 crianças, levantou a discussão sobre a criminalidade e a agressão dos jovens no país. É importante estar por dentro do assunto e até sobre alguma pesquisa que possa ajudar a embasar seu ponto de vista na hora da prova.

Homofobia e direitos dos homossexuais


(Crédito: Dreamstime/Divulgação)
(Crédito: Dreamstime/Divulgação)

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de ampliar os direitos dos casais homossexuais pode aparecer na prova junto de outros temas referentes a essa questão como crimes e agressões por conta da homofobia. Há inclusive uma lei que pretende que a homofobia seja visto como crime. Portanto, atualize-se sobre o tema que tem grandes chances de aparecer na hora da redação.

ATENÇÃO GALERA!
NÃO BASTA APENAS LER O QUE ESTÁ NOS LINKS ACIMA.
LEIA MAIS! PESQUISE ! É EXTREMAMENTE NECESSÁRIO TER CONHECIMENTO DOS TEMAS ACIMA!


Leia também:

>> 12 dicas para manter a concentração e arrasar no ENEM 2011
» Confira todos os temas de redação cobrados na prova do Enem
» Saiba como conferir se sua inscrição do Enem 2011 foi validada
» Todas as notícias do Enem 2011



Fonte: Universia




sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Subsídios para entender o livro Romanceiro da Inconfidência de Cecília Meireles

INCONFIDÊNCIA MINEIRA

A Inconfidência Mineira foi um dos mais importantes movimentos sociais da História do Brasil. Significou a luta do povo brasileiro pela liberdade, contra a opressão do governo português no período colonial. Ocorreu em Minas Gerais no ano de 1789, em pleno ciclo do ouro.

No final do século XVIII, o Brasil ainda era colônia de Portugal e sofria com os abusos políticos e com a cobrança de altas taxas e impostos. Além disso, a metrópole havia decretado uma série de leis que prejudicavam o desenvolvimento industrial e comercial do Brasil. No ano de 1785, por exemplo, Portugal decretou uma lei que proibia o funcionamento de industrias fabris em território brasileiro.

Causas 
Vale lembrar também que, neste período, era grande a extração de ouro, principalmente na região de Minas Gerais. Os brasileiros que encontravam ouro deviam pagar o quinto, ou seja, vinte por cento de todo ouro encontrado acabava nos cofres portugueses. Aqueles que eram pegos com ouro “ilegal” (sem  ter pagado o imposto”) sofria duras penas, podendo até ser degredado (enviado a força para o território africano).

Com a grande exploração, o ouro começou a diminuir nas minas. Mesmo assim as autoridades portuguesas não diminuíam as cobranças. Nesta época, Portugal criou a Derrama. Esta funcionava da seguinte forma: cada região de exploração de ouro deveria pagar 100 arrobas de ouro (1500 quilos) por ano para a metrópole. Quando a região não conseguia cumprir estas exigências, soldados da coroa entravam nas casas das famílias para retirarem os pertences até completar o valor devido.

Todas estas atitudes foram provocando uma insatisfação muito grande no povo e, principalmente, nos fazendeiros rurais e donos de minas que queriam pagar menos impostos e ter mais participação na vida política do país. Alguns membros da elite brasileira (intelectuais, fazendeiros, militares e donos de minas), influenciados pela idéias de liberdade que vinham do iluminismo europeu, começaram a se reunir para buscar uma solução definitiva para o problema: a conquista da Independência do Brasil.

Os Inconfidentes 
O grupo, liderado pelo alferes Joaquim José da Silva Xavier, conhecido por Tiradentes era formado pelos poetas Tomas Antonio Gonzaga e Cláudio Manuel da Costa, o dono de mina Inácio de Alvarenga, o padre Rolim, entre outros representantes da elite mineira. A ideia do grupo era conquistar a liberdade definitiva e implantar o sistema de governo republicano em nosso país. Sobre a questão da escravidão, o grupo não possuía uma posição definida. Estes inconfidentes chegaram a definir até mesmo uma nova bandeira para o Brasil. Ela seria composta por um triangulo vermelho num fundo branco, com a inscrição em latim: Libertas Quae Sera Tamen (Liberdade ainda que Tardia).
Tiradentes Tiradentes: líder da Inconfidência Mineira
Os inconfidentes haviam marcado o dia do movimento para uma data em a derrama seria executada. Desta forma, poderiam contar com o apoio de parte da população que estaria revoltada. Porém, um dos inconfidentes, Joaquim Silvério dos Reis, delatou o movimento para as autoridades portuguesas, em troca do perdão de suas dívidas com a coroa. Todos os inconfidentes foram presos, enviados para a capital (Rio de Janeiro) e acusados pelo crime de infidelidade ao rei. Alguns inconfidentes ganharam como punição o degredo para a África e outros uma pena de prisão. Porém, Tiradentes, após assumir a liderança do movimento, foi condenado a forca em praça pública.

Embora fracassada, podemos considerar a Inconfidência Mineira como um exemplo valoroso da luta dos brasileiros pela independência, pela liberdade e contra um governo que tratava sua colônia com violência, autoritarismo, ganância e falta de respeito.
  

AS PERSONAGENS NEGRAS

CHICO REI:

é um personagem lendário da tradição oral de Minas Gerais, Brasil. Segundo esta tradição, Chico era o rei de uma tribo no reino do Congo, trazido como escravo para o Brasil. Conseguiu comprar sua alforria e de outros conterrâneos com seu trabalho e tornou-se "rei" em Ouro Preto.
Chico Rei, nascido no Reino do Congo, chamava-se originalmente Galanga. Era monarca guerreiro e sumo sacerdote do deus Zambi-Apungo e foi capturado com toda a corte por comerciantes portugueses traficantes de escravos. Chegou ao Brasil em 1740, no navio negreiro "Madalena", mas, entre os membros da família, somente ele e seu filho sobreviveram à viagem. A rainha Djalô e a filha, a princesa Itulo, foram jogadas no Oceano pelos marujos do navio negreiro "Madalena" para aplacar a ira dos deuses da tempestade, que quase o afundou.
Todo o lote de escravos foi comprado pelo Major Augusto, proprietário da mina da Encardideira, e foi levado para Vila Rica como escravo, juntamente com seu filho. Trabalhando como escravo conseguiu comprar sua liberdade e a de seu filho. Adquiriu a mina da Encardideira. Aos poucos, foi comprando a alforria de seus compatriotas. Os escravos libertos consideravam-no "rei".

Carlos Julião. Cortejo da Rainha Negra. na Festa de Reis. Aquarela colorida do livro Riscos illuminados de figurinos de brancos e negros dos uzos do Rio de Janeiro e Serro Frio.

Congado em litografia de Rugendas.
Este grupo associou-se em uma irmandade em honra de Santa Ifigênia, que teria sido a primeira irmandade de negros livres de Vila Rica. Ergueram a Igreja de Nossa Senhora do Rosário.
Chico Rei virou monarca em Ouro Preto, antiga Vila Rica em Minas Gerais no século XVIII, com a anuência do governador-geral Gomes Freire de Andrada, o conde de Bobadela.
No dia de Nossa Senhora do Rosário, ocorriam as solenidades da irmandade, denominadas Reinado de Nossa Senhora do Rosário.[2] Durante estas solenidades, Chico, coroado como rei, aparece com a rainha e a corte, em ricas indumentárias, seguido por músicos e dançarinos, ao som de caxambus, pandeiros, marimbas e ganzás. Este cortejo antecede a missa.

A história de Chico Rei não possui registros históricos fidedignos. Ela aparece em uma nota de rodapé escrita por Diogo de Vasconcelos, em seu livro "História Antiga de Minas", de 1904. Note-se que antes da publicação desse livro em 1904, inexiste qualquer informação sobre esse personagem e, depois disto, até a presente data, todas as informações checadas pelo historiador Tarcísio José Martins, revelaram que, direta ou indiretamente, saíram da nota de rodapé do citado livro.


CHICA DA SILVA: 

Chica da Silva
(Ex-escrava brasileira)
1732, Arraial do Tijuco, atual Diamantina (MG)*
15/02/1796, Arraial do Tijuco



Filha de um relacionamento extraconjugal do português Antonio Caetano de Sá e da escrava Maria da Costa, Francisca da Silva é uma das personagens mais populares na história do Brasil. A sua trajetória, que já foi transposta para o cinema e para a televisão, mais parece um conto de fadas. Mulata e escrava, Francisca da Silva foi libertada por solicitação do contratador de diamantes João Fernandes de Oliveira, uma das pessoas mais ricas à época no Arraial do Tijuco, atual Diamantina, em Minas Gerais.

Assim que foi libertada, Chica da Silva, que tinha trabalhado como escrava para José Silva Oliveira (pai do inconfidente José Oliveira), tornou-se amante de João Fernandes de Oliveira, com quem teve 13 filhos (alguns historiadores dizem que foram 12). Antes de conhecer o contratador de diamantes, também fora escrava do sargento-mor Manoel Pires Sardinha. Deste relacionamento, nasceram dois filhos: Plácido Pires Sardinha, que se formou em engenharia pela Universidade de Coimbra, e Simão Pires Sardinha, também educado na Europa.

Desfrutando do imenso poder e riqueza do contratador de diamantes, Chica da Silva deu uma grande guinada em sua vida e acabou por receber o apelido de "Chica que manda". A ex-escrava costumava freqüentar as missas coberta de diamantes e acompanhada por 12 mulatas muito bem vestidas. Depois que ganhou a liberdade, foi morar em uma grande casa, construída em forma de castelo, com capela particular e um teatro totalmente equipado, o único existente na região.

Dentro da casa, destacavam-se jardins e árvores exóticas, além de um grande lago artificial. Há divergências entre os historiadores sobre o seu perfil. Alguns a descrevem como linda e sensual, outros dizem que era feia e sem atributos físicos. O fato é que, escrava e semi-alfabetizada, Chica da Silva tinha tudo para ficar no anonimato, caso não tivesse conhecido João Fernandes de Oliveira.

O contratador satisfazia aos seus mínimos desejos e Chica da Silva passou a viver em pleno luxo. A primeira vez que a sua história transpôs o horizonte de Minas Gerais foi com o lançamento do livro "Memórias do Distrito Diamantino", escrito pelo advogado Joaquim Felício dos Santos, mais de meio século após a morte da ex-escrava. Depois da publicação, a vida de Chica da Silva ganhou uma notoriedade que ela jamais poderia sonhar na época em que era apenas uma escrava.

* A data de nascimento de Francisca da Silva é imprecisa. A maioria dos historiadores, porém, aponta o ano de 1732. Mas há quem também informe que a ex-escrava nasceu em 1731.


SANTA EFIGÊNIA DO ALTO DA CRUZ




Santa Efigênia
Angela Leite Xavier


Na antiga Vila Rica, os escravos costumavam subir uma montanha ao final do dia. Lá se sentavam e conversavam sobre a pátria distante, a saudade da vida livre, o medo de morrer escravos numa terra estranha e distante. Juntos choravam sua desgraça. Nesse local havia uma cruz alta de jacarandá que deu o nome ao bairro de Alto da Cruz.

Um dia, quando estavam sentados ao pé da cruz como sempre faziam, os negros viram surgir, à sua frente, uma jovem negra, muito bonita que os consolou com doces palavras. Disse que era uma virgem cristã de nome Efigênia. A notícia daquela aparição se espalhou entre os escravos e cada vez mais pessoas se reuniam naquele morro na esperança de ver a jovem misteriosa. Ela vinha e conversava com eles, ensinava o amor, a tolerância e a paciência.


Um dia, como sempre ela apareceu e pediu aos escravos que fosse construída naquele local uma igreja para que eles pudessem ter um templo seu para suas orações.  A igreja deveria ter cinco altares simbolizando os cinco anos em que ela apareceu aos negros ao pé da Cruz. Deveria ser construída voltada para o Rio Uamii (Rio das Velhas) e ter duas torres. A que dava para o nascer do sol teria um relógio e um grande sino. Na outra torre, ficariam os sinos menores. A invocação seria Nossa Senhora do Rosário. Em sua homenagem, eles deveriam cultivar rosas em seus jardins e, à noite, os anjos os protegeriam. E é por isso que, até hoje, não se usam flores artificiais nas igrejas dedicadas a Santa Efigênia. Depois desse dia ela não voltou a aparecer.  

Desde então os escravos começaram a edificar o templo nos seus momentos de descanso. As negras besuntavam os cabelos com azeite para que o ouro em pó grudasse neles e, ao lavá-los em água quente, apuravam pouco a pouco o ouro para seguir na construção do templo que seria dedicado a Santa Efigênia. Os cativos que queriam a liberdade faziam promessa de levar à santa coisas de valor, inclusive ouro.  Ainda no início do século XX, havia na igreja a ela dedicada muitas jóias, correntes de ouro e prata e também ouro em pó, guardados num móvel de jacarandá que ficava na sacristia.   

Ela é a protetora dos negros, dos solteiros e dos soldados. Dizem que o bairro de Santa Efigênia está cheio de solteirões devotos da santa. Todos os anos os soldados vão à sua igreja, no dia 21 de setembro, prestar-lhe homenagem.

Diz a lenda que, por volta de 1865, os soldados do 17o batalhão, aquartelados em Ouro Preto, foram lutar na Guerra do Paraguai e Santa Efigênia os acompanhou o tempo todo para protegê-los. Quando estavam os soldados à beira mar, ali aparecia uma negrinha. Eles se espantavam e perguntavam o que ela fazia ali, num lugar perigoso como aquele. E ela dizia que estava ali para protegê-los e avisava dos perigos. Uma vez ela preveniu sobre uma ponte pela qual iriam passar. Ao verificar a situação da ponte, os oficiais viram que ela não era segura e evitaram atravessá-la, salvando toda a tropa de um grande desastre.

Um soldado, especialmente devoto de Santa Efigênia, pediu sua proteção no campo de batalha. Dentro da trincheira ele rezava, as balas pipocavam de todos os lados e nenhuma o atingiu. Chegou a ponto de uma bala atingir o alto de seu capacete, que rodopiou no ar e foi cair de novo na sua cabeça. O soldado nada sofreu e voltou são e salvo para Ouro Preto. Para agradecer sua santa protetora, subiu de joelhos toda a escadaria da igreja a ela dedicada.

Ela sempre ia ao quartel e era vista subindo a ladeira descalça. Depois a roupa da imagem aparecia suja de terra vermelha.

Durante o tempo em que ela esteve ausente de Ouro Preto, sua imagem sumiu do altar. Todos procuravam preocupados. O padre pressionou a zeladora. Ela era responsável e devia dar conta da imagem da santa. A zeladora desesperada jurava que não a havia roubado. Tudo se resolveu quando os soldados chegaram da guerra. Como por encanto, a santa reapareceu no seu altar. Todos puderam ver seus pés sujos de barro e as pegadas deixadas no caminho. O formato dos pés estava direitinho no barro e até a barra de seu manto estava manchada.

Contam ainda que, certa vez, quando um trem chegou a Vila Rica, desceu dele uma moça negra, muito bonita, com uma grande mala. Já era noite e ela estava sozinha. Um rapaz, querendo ser gentil, aproximou-se e ofereceu para carregar a mala da moça e acompanhá-la até sua casa. Ela permitiu. Mas, ao pegar a mala, o rapaz tomou um grande susto. Não conseguiu levantá-la!

- Mas, o que há aqui nesta mala para pesar tanto? - perguntou ele surpreso. A moça sorriu, pegou a mala tranqüilamente dizendo:

-Aqui estão os pecados desta cidade. E se afastou carregando a bagagem deixando o jovem boquiaberto, parado na Estação.

Não é à toa que antigos ouro-pretanos tinham uma máxima:

“Em Ouro Preto não entra peste, fome, guerra e nem tampouco crises, porque tem, em suas extremidades, duas invencíveis sentinelas.” Referiam-se a Santa Efigênia no Alto da Cruz e, do lado oposto, ao Senhor Bom Jesus das Cabeças.

Fonte: google.com