terça-feira, 29 de junho de 2010

SEMINÁRIO - 50 ANOS BR 364


A Academia de Letras de Rondônia - ACLER, conjuntamente com o Departamento de História e Arqueologia da Unir, realizará o Seminário 50 anos da BR-364 com a seguinte programação:

14h00, abertura;
14h10, homenagem a Manoel Rodrigues Ferreira, feita pela Acadêmica Yeda Pinheiro Borzacov;
14h30, homenagem a José Saramago, feita pelo Acadêmico William Martins;
14h50, palestra “De Roquete Pinto a Rondônia” pelo acadêmico Lúcio Albuquerque;
15h30, testemunho do acadêmico honorário Euro Tourinho, presente à visita do presidente JK a Vilhena;
15h40, testemunho do Sr. Gervásio Feitosa, participante da Caravana Ford;
16h00, palestra “A BR-029 e o desenvolvimentismo: periferia do Brasil ou sudoeste da Amazônia?” pelo prof. dr. Antonio Cláudio Barbosa Rabello;
17h00, encerramento e convite para visitação à exposição de fotos relativas à BR , em uma das salas do Banzeiros.
Data da realização: Dia 7 de julho (4ª feira).
Local: Teatro Banzeiros.
Período: das 14 às 18 horas.
Inscrições: As inscrições serão feitas através do e-mail: aclerencontrodeescritores@gmail.com

Custo da inscrição:5 reais para acadêmicos,5 reais para estudantes,10 reais para não estudantes.
Atenção:As inscrições serão aceitas somente até ao limite da capacidade de assentos do teatro. Após esgotada essa capacidade as inscrições serão encerradas.A inscrição será paga no local do evento ou através de depósito na conta da ACLER – neste último caso o inscrito deverá apresentar, na entrada do Teatro, o recibo do depósito bancário:Banco do BrasilAgência 2290-xConta 54.656-9A inscrição será feita apenas através do e-mail: aclerencontrodeescritores@gmail.com, sendo, a seguir, encaminhada ao interessado uma ficha para ser preenchida e devolvida pelo mesmo e-mail.

Os que já participaram dos encontros anteriores devem apenas solicitar a inscrição, que será confirmada através do cadastro já disponível na ACLER.Será entregue declaração.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

UNIR:ANÁLISE LIVROS ADOTADOS PARA VESTIBULAR MEDICINA VETERINÁRIA

Órfãos do Eldorado - Milton Hatoon - veja análise no link:

http://reda-umquestodeestilo.blogspot.com/2009/11/milton-hatoum-esta-no-auge.html

Em Liberdade - Silviano Santiago

http://reda-umquestodeestilo.blogspot.com/2009/11/em-liberdade-silviano-santiago-unir.html

A cartomante - Machado de Assis

O conto A Cartomante, de Machado de Assis, mostra a visão objetiva e pessimista da vida, do mundo e das pessoas (abolição do final feliz). A autor faz uma análise psicológica das contradições humanas na criação de personagens imprevisíveis, jogando com insinuações em que se misturam a ingenuidade e malícia, sinceridade e hipocrisia.

Crítica humorada e irônica das situações humanas, das relações entre os personagens e seus padrões de comportamento.

Linguagem sóbria que, entretanto, não despreza os detalhes necessários a uma análise profunda da psicologia humana. Envolvimento do leitor pela oralidade da linguagem. A historia é repleta de "conversas" que o narrador estabelece freqüentemente com o leitor, transformando-o em cúmplice e participante do enredo (metalinguagem). Citação de um autor clássico (shakespeare) intertextualidade; reflexão sobre a mesquinhez humana e a precariedade da sorte humana. Os aspectos externos (tempo cronológico, espaço, paisagem) são apenas pontos de referência, sem merecerem maior destaque.

Estilo
A Cartomante é um conto onde podemos observar características marcantes do estilo de Machado de Assis. O uso de metáforas constantes, o comportamento imprevisível dos personagens e seu valor filosófico, o uso de comparações superlativas, bem como a ambigüidade em seus personagens.

O autor usa intertextualizações literárias, e o recurso da narrativa onisciente, para dinamizar o relato da história acentuando os momentos dramáticos do texto. Usa este recurso que eleva e prolonga o suspensa da história, mantendo o leitor atento durante todo o desenrolar do conto. Sem estes ingredientes, sem dúvida o texto não teria a mesma dinâmica e seu epílogo não teria a mesma ênfase. Sem os pretextos machadianos facilmente saberíamos o desfecho da história ao lermos suas primeiras linhas. O uso destes atributos faz com que a historia gire em torno de seu próprio eixo dramatical sem que percebemos o uso desta técnica literária.

Foco narrativo
A historia é narrada em terceira pessoa. Existe a presença onisciente do autor, que usa desta onisciência na narração e descrição dos fatos. O uso constante de uma voz onisciente é importante para dinamizar o relato da historia acentuando os momentos dramáticos do texto e conflitos internos dos personagens, fortalecendo seu epílogo. Sem essas características o texto tornar-se-ia monótono, pois a primeira leitura saberíamos de antemão seu desfecho. Também através deste recurso, o autor vai situando o leitor durante o curso da historia, ilustrando fatos e intertextualizando a narrativa.

Personagens
Embora a trama gire em torno de 4 personagens principais Vilela, Camilo, Rita e a cartomante (incógnita), existem outros personagens que não participam diretamente na trama, mas suas participações são determinantes no enredo da história. A morte da mãe de Vilela, que é uma personagem secundária tem papel fundamental no envolvimento amoroso dos personagens Camilo e Rita. O autor analisa e enfatiza psicologicamente todos os personagens preconizando seus conflitos internos bem como seus temores.

Enredo
Está o tema do triângulo amoroso e do adultério, já presente nas Memórias (Brás Cubas, Virgília, Lobo Neves). Os amigos de infância Camilo e Vilela, depois de longos anos de distância, reencontram-se. Vilela casara-se com Rita, que mais tarde seria apresentada ao amigo. O resto é paixão, traição, adultério.A situação arriscada leva a jovem a consultar-se com uma cartomante, que lhe prevê toda a sorte de alegrias e bem-aventuranças.

O namorado, embora cético, na iminência de atender a um chamado urgente de seu amigo Vilela, atormentado pala consciência, busca as palavras da mesma cartomante, que também lhe antecipa um futuro sorridente.Dois tiros à queima-roupa ao lado do cadáver de Rita o esperavam. A vitória do ceticismo coroa o episódio.Conto que surpreende pela excelente estrutura narrativa, dividida em três partes. Na primeira, introdutória, fica-se sabendo que Rita, dotada de espírito ingênuo, havia consultado uma cartomante, achando que seu amante, Camilo, deixara de amá-la, já que não visitava mais sua casa.

Desfeito o mal-entendido, faz-se um flashback que vai explicar como se montou tal relação. Camilo era amigo, desde longínqua data, de Vilela. Tempos depois, este se casa com Rita. A amizade estreita a intimidade entre Camilo e Rita, ainda mais depois da morte da mãe dele. Quando sente sua atração pela esposa do amigo, tenta evitar, mas, enfim, cai seduzido. Até que recebe uma carta anônima, que deixava clara a relativa notoriedade da sua união com a esposa do seu amigo. Temeroso, resolve, pois, evitar contato com a casa de Vilela, o que deixa Rita preocupada.

Terminada essa recapitulação, vai-se para a parte crucial do conto. Camilo recebe um bilhete de Vilela apenas com a seguinte mensagem: “Vem já, já”. Seu raciocínio lógico já faz desconfiar que o amigo havia descoberto tudo. Parte de imediato, mas seu tílburi (espécie de carruagem de aluguel que equivaleria, hoje, a um táxi) fica preso no tráfego por causa de um acidente. Nota uma estranha coincidência: está parado justamente ao lado da casa da cartomante. Depois de um intenso conflito interior, decide consultá-la. Seu veredicto é dos mais animadores, prometendo felicidade no relacionamento e um futuro maravilhoso. Aliviado, assim como o tráfego, parte para a casa de Vilela.

Assim que foi recebido, pôde ver, pela porta que lhe é aberta, além do rosto desfigurado de raiva de Vilela, o corpo de Rita sobre o sofá. Seria, portanto, a próxima vítima do marido traído.Note neste conto sua estrutura em anticlímax, pois tudo nele (já a partir da citação inicial da famosa frase de Hamlet: “há mais cousas no céu e na terra do que sonha a nossa filosofia”) nos prepara para um final em que o misticismo, o mistério imperaria. No entanto, seu final é o mais realista e lógico, já engendrado no próprio bojo do conto. Reforça esse aspecto o ritmo da narrativa, que é lento em sua maioria, contrastando com seu desfecho, por demais abrupto.
E não se esqueça da presença de um quê de ironia nesse contraste entre corpo da narrativa e o seu final.

sábado, 5 de junho de 2010

5 de Junho - Dia do Meio Ambiente



5 de Junho

Hoje se comemora o dia do meio ambiente. Comemora?

Creio que não temos muito o que comemorar, seria melhor usar esta data alusiva para refletir sobre os nossos atos e consequencias sobre o meio ambiente. Pense bem na quantidade de lixo que você gera, no desperdício de recursos vitais e escassos como a água, na queima desnecessária de combustível. Certamente você encontrará muitas maneiras de usar mais racionalmente os recursos naturais, desde alimento até a energia elétrica.

É evidente que muitas destas ações dependem de esferas governamentais, mas outras tantas tem caráter pessoal. Entretanto, como indivíduos podemos exercer poder de influencia em ambos os casos. Atitudes individuais muito simples contribuem muito para o uso sustentável de recursos, veja alguns exemplos:

Energia elétrica – muitas casas possuem duas até três geladeiras que dispersam mais de 80Kg de CO2 por ano. Avalie a necessidade de mais de uma geladeira, além de escolher modelos menos poluentes. Quatro horas de computador ligado por dia, emitem em média 20Kg de CO2, já a televisão emite, em média 15Kg por ano. Ações simples como não deixar a TV ligada para as paredes, ou programá-la para desligar ajudam muito a reduzir o consumo.

Uso de automóvel – este é sem dúvidas o maior vilão. Um automóvel 2.0 a gasolina emite mais de 1500kg de CO2 a cada 10.000Km. Pense bem antes de ligar o motor de seu carro para ir a padaria. Usar transporte coletivo também ajuda quem sabe usar bicicleta que além de não emitir contribui para manter a forma física.

Água – Outro bem escasso. A água cobre 3/4 da superfície da terra, sendo 97% salgada, e apenas 3% doce. Contudo, do percentual total da água doce existente, a maior parte encontra-se sob a forma de gelo nas calotas polares e geleiras, parte é gasosa e parte é líquida - representada pelas fontes subterrâneas e superficiais. Já os rios e lagos, que são nossas principais formas de abastecimento, correspondem a apenas 0,01% desse percentual, aproximadamente. Isto mesmo, você leu certo, 0,01%. E tudo que se faz depende da água, desde o seu banho até a irrigação de plantações. Portanto pense ao deixar a torneira pingando que ao final de um dia chega a desperdiçar 46 litros de água, ou 1.380 litros por mês. É bom lembrar que há 2.000 anos, a população mundial correspondia a 3% da população atual, enquanto o volume de água permanece o mesmo.

De uma coisa esteja certo, tudo que fazemos em nossa vida trazem conseqüências para o meio ambiente, não apenas na produção direta de resíduos, mas em atitudes como o consumo de determinados tipos de produtos. Para produzir um quilo de carne vermelha são necessários 16 mil litros de água, que é mais de um terço do que consumimos, em média, diariamente.(Luiz Alves)

http://blog.luizalves.net/