segunda-feira, 26 de outubro de 2009

CARTAZ VEICULADO NA ESPANHA

Excelente "tapa na cara" (ao menos, um tapinha...) dos xenofobistas e preconceituosos. Vejam o cartaz veiculado na Espanha, por imigrantes de língua portuguesa.

O RESPEITO PELA NATUREZA E COLABORAÇÃO

Oi Pessoal,Com esta mensagem, desejo a todos um bom fim de semana!!!


Foto da frente de combate ao incêndio que devastou a Austrália."Quem não entende um olhar,muito menos entenderá uma longa explicação.."
Essa é uma das imagens mais lindas já vistas. Olha a troca: olhar, gesto....maravilhoso!O universo é um, não importa se somos um monte de átomos que forma a espécie animal, humana, vegetal, estrelar..... Somos poeira atômica do mesmo sistema, do mesmo universo, não somos nem mais nem menos. O que nos faz maior ou menor é isso, esse gesto lindo que vem da chama divina que cada um possui acesa (alguns esquecem ou desconhecem que a possuem) dentro de si.Que nosso espírito seja iluminado neste momento.
Araci Barretoaraci@imagina.com.
Clubewww.imagina.com.br/postalclube(>” ”<)(,,’o’,,)(,(“)(“)
Obs.: Recebi a mensagem acima via e-mail,achei interessante e a postei aqui para que meus queridos leitores façam uma reflexão também.
um abraço (smr.snts@gmail.com)




sábado, 24 de outubro de 2009

Água,Cultura e Civilização

Terra: Planeta água
Desde a antiguidade a água é mister para os seres humanos,basta lembrar das nascentes férteis do povo mesopotâmico ou da frase "o Egito é a dádiva do Nilo".Todavia o homem contemporâneo não vê a água com os mesmos olhos.
Para a nossa sociedade tal líquido é usado e desperdiçado descriminadamente,tendo como argumento o fato de o planeta ser formado por aproximadamente 75% de água.todavia os mesmos esquecem que apenas 2,5% desse volume é viável ao consumo humano.
Além disso uma pesquisa realizada pela UNESCO mostra que até o ano de 2050 o "potencial hidrológico" potável não será suficiente para suprir as necessidades mundiais.
Diante disso o Brasil está tranquilo pois possui grandes bacias hidrográficas (inclusive a Amazônica - maior do mundo) e é "dono" de dois terços do Aquífero Guarani.Contudo,existem lugares no país que sofre com a seca,tal problema poderia ser resolvido se não fosse a chamada "indústria da seca".
Portanto, o hidróxido de hidrogênio é fundamental não apenas para a geração de energia,trnsporte ou indústria,mas para a vida. (PAULO VITOR-JBC)
OUTROS EXEMPLOS:
TEXTO 1
Cultura e sociedade

A importância da água tem sido notória ao longo da história da humanidade, possibilitando desde a fixação do homem à terra, às margens de rios e lagos, até o desenvolvimento de grandes civilizações, através do aproveitamento do grande potencial deste bem da natureza. A sociedade moderna, no entanto, tem se destacado pelo uso irracional dos recursos hídricos, celebrando o desperdício desbaratado de água potável, a poluição dos reservatórios naturais e a radical intervenção nos Ecossistemas aquáticos, de forma a arriscar não só o equilíbrio biológico do planeta, mas a própria natureza humana.
O progresso traz consigo uma cultura baseada no “utilitarismo”, no pragmatismo e na lucratividade, expondo interesses comerciais e industriais acima dos interesses coletivos, da defesa do meio ambiente e da sobrevivência das populações. O envenenamento de mananciais por substâncias tóxicas, o fenômeno da chuva ácida e os constantes derramamentos de petróleo em meio aos oceanos, infelizmente, ilustram tal situação. Não obstante, a Engenharia Moderna, remonta melhorias na qualidade de vida urbana, através da instalação de redes de esgoto, drenagem de água e obtenção de energia, viável por meio da utilização de Usinas Hidrelétricas, predominantes, em especial, no Brasil.
Vivemos, assim, um paradoxo criado pela incoerente ação do homem, predador e vítima dos efeitos de sua própria predação, destruidor dos recursos hídricos, e maior beneficiado pela abundância em água no planeta: a atividade pesqueira e os transportes marítimo e fluvial, possíveis graças à disponibilidade natural, importantíssimos ao desenvolvimento socioeconômico das nações, sofre com a intervenção, tantas vezes maléfica, do homem, que ora deposita dejetos industriais, ora promove assoreamentos.
Tomando por base os parâmetros da conjuntura atual, investimentos na preservação dos Ecossistemas tornam-se imprescindíveis. Ademais, a formação de uma contra-cultura baseada na utilização consciente da natureza, e, em especial, da água em suas diversas formas de armazenamento caracteriza-se como crucial, a fim de salva-guardar as gerações futuras de um eventual colapso no sistema de distribuição e utilização da água. Evitaremos, dessa forma, a monopolização de um bem inerente à todos, contribuindo, acima de tudo, para a perpetuação da espécie humana. ( BEATRIZ FERNANDA VALES )
TEXTO 2
A água como problema social

Historicamente, a água tem recebido diversas representações, significações e valorações pelos povos no mundo. Há um ponto, contudo, em que não há divergência entre eles: a importância essencial da água para a sobrevivência humana.
Com base neste ponto, as muitas culturas atribuíram as mais variadas gradações de funções da água para a sociedade, desde as que valorizam seu caráter divino-mitológico, passando pelas que privilegiam seu papel essencialmente econômico para o desenvolvimento (como no caso da fertilidade do solo, necessária à agricultura, base das grandes civilizações antigas como Egito e Mesopotâmia) até aquelas que a enfatizam como símbolo da higiene, da limpeza e da “civilidade” – na Alemanha Nazista, os judeus eram comparados com ratos, eram tidos como sujos não pertencentes à civilização humana. Para diferenciar-se deles, a limpeza e a higiene foram colocadas como lema para os alemães. Até recentemente, neste país, ainda era costume a lavagem das ruas com desinfetantes e shampoos perfumados...
Percebe-se aqui, portanto, uma questão fundamental quando se fala em água: o seu aspecto social. O problema primordialmente colocado sobre a água, nos dias atuais, e que aparece normalmente como “ambiental” é, antes, um problema social. A poluição dos mananciais e/ou a escassez de água são problemas socialmente construídos e, logo, requerem uma solução do mesmo tipo.
No século XVIII, de acordo com a construção da cultura burguesa, a água, assim como a limpeza e a higiene de que é símbolo, passaram a ser valorizadas como elementos de distinção entre as classes superiores e as inferiores da sociedade. Nos dias de hoje, quando se observa que os índices de mortalidade infantil, derivados das más condições de saneamento básico, são bem maiores entre as populações faveladas do que os observados para as camadas mais altas da população, verifica-se que o “divisor das águas” entre elas permanece também pelo tipo de acesso à água: a exposição das camadas mais pobres à água suja, contaminada, não-tratada é um sinal das desigualdades sociais e deve ser combatida, inclusive, porque ela é fator de perpetuação das discriminações sociais, já que os pobres continuam a ser vistos, por conta disso, como “incivilizados”. E nisso há o gérmen de uma cultura de intolerância.
Assim, a preservação e tratamento de mananciais é uma questão de caráter público e que como tal deve ser tratada. Requer, portanto, a construção de uma cultura que rompa com a visão puramente utilitarista sobre a água e com a de que a solução para os problemas que ela envolve sejam atributos de técnicos, engenheiros e autoridades específicas. Sendo problemas sociais, todas as discussões sobre a água requerem um debate público para o seu equacionamento.
A solução conjunta para o “problema da água” é uma questão de integração cidadã. A água, como necessidade essencial à vida, é um direito universal, o qual cabe ao Estado garantir. Mas, na medida em que este tem falhado no desempenho de seus papéis, cabe à população organizada fazer valer os seus direitos na prática (e não apenas formalmente). E isto requer uma “publicização” e uma conscientização geral do problema da água na sociedade, para que esta se envolva como um todo neste problema e para que se tomem, de forma conjunta, decisões que visem à sua solução da melhor maneira possível. Uma solução que não se limite à satisfação de segmentos da sociedade. ( CAROLINA RAQUEL DUARTE MELLO JUSTO)
TEXTO 3
Água, cultura e civilização

Desde o século dezenove, as ciências sociais têm afirmado que as condições materiais de sobrevivência e produção determinam ou direcionam os elementos culturais das civilizações. Embora originadas e envoltas pelo reducionismo materialista, tais idéias têm propiciado a melhor metodologia científica para a compreensão histórica. Essa relação de causa e efeito pode ser conveniente à ciência, mas a mesma realidade que motiva essas premissas reveste-se de outras roupagens ou é enfocada através de diferentes ângulos, por outras dimensões humanas, como a arte, a religião, a filosofia ou o engenho.
Essas manifestações sobre um terreno comum adquirem maior multiplicidade com a água, o recurso material tão vital quanto o ar, mas que, ao contrário deste, é um bem econômico por sua escassez: A ciência descreve sua importância biológica, mas também histórica, pois as primeiras grandes civilizações foram forjadas com o aparecimento do maior consumidor da água (até os dias de hoje) – a agricultura –, embasando-se às margens de grandes rios. Outras formas de predação humana, como o consumo pessoal e, mais recentemente, o uso industrial e o transporte hidroviário, afetam a cultura, na relação da água com a higiene, modificando definitivamente a vida privada e a socioeconomia, tão intensamente quanto mais a água se torna recurso afetado pela poluição, mais demandado e mais escasso. A imposição de um manejo racional do recurso tem levado à criação e ao desenvolvimento de uma engenharia e técnica com um grau de especificidade jamais sonhadas em séculos anteriores.
Dependência e escassez, o amálgama comum da água, refletem-se na religião e na arte desde pela metáfora da purificação (o dilúvio bíblico foi a prática de higiene mais drástica) até as manifestações artísticas da relação do indivíduo com seu mundo próximo.
Os gregos reconheciam na natureza quatro elementos fundamentais, o ar, o fogo, a terra e a água, mas era esta última a genitora última, e isto não pode ser ignorado, pois a ausência de elementos míticos reflete a elaboração de genuína reflexão metafísica. Este exemplo basta para ilustrar a riqueza da água como fonte de investigações filosóficas.
A malha profundamente ramificada que a água possui em tantas vertentes da natureza humana, a partir de uma mesma realidade, autoriza a especular se os monumentais desperdício, poluição e dizimação da água no presente século não é o reflexo mais cristalino da maior crise em abrangência e transformação da história humana(EDUARDO BEARZOTI)

QUESTÃO DISCURSIVA: MATEMÁTICA E QUÍMICA

Matemática

Três números distintos podem estar simultaneamente em progressão aritmética e geométrica? Justifique a sua resposta.

Resposta: Sejam a.a+b e a+2b três numeros em progressão aritmética .para eles estarem também em progressão geométrica precisamos ter:
a (a+2b)=(a+b) ao quadrado,ou seja, a ao quadrado + 2ab= a ao quadrado +2ab+b , isto ao quadrado é, b ao quadrado = 0 (zero)
Se os números a,a+b e a+2b são distintos então b diferente de 0(zero)
e eles não podem estar em progressão geométrica.

Química

O gás natural, embora também seja um combustível fóssil, é considerado mais limpo do que a gasolina, por permitir uma combustão mais completa e maior eficiência do motor. Assim, um número crescente de táxis rodam na cidade movidos por este combustível. Estes veículos podem ser reconhecidos por terem parte de seu porta-malas ocupado pelo cilindro de aço que contém o gás. Um cilindro destes, com volume de 82 litros, foi carregado em um posto, numa temperatura de 27oC, até uma pressão de 6 atm. Qual a massa de gás natural nele contido, considerando o gás natural formado (em mols) por 50% de metano (CH4) e 50% de etano (C2H6)?

Dado: R = 0,082 atm.L/K


Resposta: Pela lei dos gases, PV= nRT
n = PV/RT = 6 x 82/ 0,082 em mols) é de 4CH , teremos 10 mols de CH4 e, por conseguinte, 10 mols de C2H6. Assim:
Massa de CH4 = 10x16= 160 g
Massa de C2H6 = 10x30= 300 g
Massa total: 160 + 300 = 460 x300 = 20 mols
1 mol do CH4Þ 16g e 1 mol do C2H6 Þ 30g.
Como 50% do gás natural (em mols) é de CH4 , teremos 10 mols de CH4 e, por conseguinte, 10 mols de C2H6. Assim:
Massa de CH4 = 10x16= 160 g
Massa de C2H6 = 10x30= 300 g
Massa total: 160 + 300 = 460 g

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Trânsito violento

Editorial - Trânsito violento e carater brasileiro
22/10/2009

O Código Nacional de Trânsito, criado para inibir as indignidades, os abusos e os crimes praticados por motoristas no Brasil, nas pequenas, médias ou grandes cidades, é inutil diante do carater de parte da população brasileira, segundo observam os estudiosos do problema. “Burlar a lei sempre foi a cultura de uma parcela de nossa população”, diz o jornalista e acadêmico Antonio Paiva Rodrigues num artigo publicado por “Recanto das Letras”. Além dessa cultura de desrespeito às leis, são enumerados, por este e outros pesquisadores, como causas dos acidentes em todo o País – e podemos dizer, especialmente em Rondônia e principalmente Porto Velho, as geralmente péssimas condições das estradas estaduais, federais, o consumo exagerado de álcool, drogas, motoristas inabilitados, descuidos, sono, cansaço e estresse.A educação seria uma forma de se reduzir o luto que abala tantas famílias, evitar as tragédias diárias no Brasil. O próprio Código Nacional de Trânsito estabelece que o ato de dirigir com responsabilidade e cidadania deve ser ensinado nas escolas desde os primeiros anos do ensino fundamental.Deve ser disciplina obrigatória do currículo escolar e ter a mesma importância do ensino do Português ou da Matemática. E reprovar, fazer perder o ano os alunos que não aprenderem que, ao se tornarem adultos e receberem a licença para dirigir um veículo auto-motor, eles estão com a própria vida e de terceiros nas mãos.Mas, se de um lado há o carater dos brasileiros que não respeitam as leis – com as exceções que confirmam a regra – há também o carater das autoridades que fecham os olhos a essa falha da personalidade nacional. A começar pelas autoridades responsaveis pela Educação, que não cumprem a obrigatoriedade do ensino das leis e do comportamento no trânsito às crianças e aos jovens.Sinalização, faixa de pedestres, estacionamento, contramão, equipamentos de segurança, cuidados especiais com o veículo, atenção ao dirigir nem pensar. Tudo isso deve ser ensinado nas escolas, nos diferentes níveis do ensino fundamental ao médio, e do Segundo Grau chegando até mesmo às Universidades.

Fonte: Estadaoweb http://www.estadaodonorte.com.br/canal.php?canal=27&id=62923

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

PLANAFORO

CONCEPÇÃO
O Programa Plano Agropecuário e Florestal do Estado de Rondônia - Planafloro visava promover o desenvolvimento sustentável do Estado de Rondônia por meio de ações voltadas ao ordenamento territorial. Tais ações buscaram equilibrar a ocupação do território pelas atividades econômicas (agricultura, pecuária, mineração etc.) com a conservação da sua diversidade biológicas e culturais, sanando conflitos fundiários e o mau uso dos recursos naturais (desmatamento, erosão , assoreamento dos cursos d'água etc.).
O Planafloro foi objeto de um acordo de empréstimo internacional com o Banco Mundial, cujas ações são definidas em documentos do acordo. O componente PAIC manteve uma estrutura de participação comunitária que poderia ter sido observada nos demais componentes do programa.

IMPLEMENTAÇÃO


Tendo em vista o término do Contrato de Empréstimo 3444/BR - Planafloro, em 30 de setembro de 2002, não foi feita proposta orçamentária para 2003. Não foi aprovado recurso na proposta orçamentária 2002 para o referido projeto. Vale destacar que os recursos utilizados foram de resto a pagar do exercício de 2001.
O programa é executado pelo Estado de Rondônia que mantém equipes técnicas para monitorar os contratos e convênios. A Secretaria de Programas Regionais Integrados do Ministério da Integração Nacional mantém na Coordenação Nacional uma equipe de técnicos que supervisiona a execução das ações do referido programa. As ações foram monitoradas e estão em consonância com o acordo de empréstimo 3444/BR.
Com relação à execução do Programa, o Estado de Rondônia manteve equipes técnicas para supervisionar os contratos e convênios que foram firmados para a condução das ações estabelecidas no âmbito do acordo de empréstimo/ Programa Planafloro. Os convênios e contratos foram celebrados no âmbito do Governo Estadual.
Considerando que as ações são desenvolvidas especificamente no Estado de Rondônia, o Ministério da Integração Nacional acompanha o projeto pela Secretaria de Programas Regionais Integrados que mantém uma equipe técnica especializada. Desse modo o modelo estabelecido pelo MI atende com satisfação o desempenho do referido Programa.
Apesar da descontinuidade do repasse de recursos as ações foram implementadas e acompanhadas, através de monitorias físicas realizadas pela equipe técnica do Ministério e do Estado de Rondônia. Foi constatado que beneficiários estão satisfeitos com os resultados obtidos pelo Programa.

RESULTADOS

indicador é apurado em órgão externo ao Ministério da Integração Nacional, foi preparada uma proposta para reformulação do indicador que melhor qualifique as ações do Programa. No entanto, a referida proposta encontra-se em análise pelo setor responsável pelo acompanhamento dos programas no âmbito do Ministério.
Vale ressaltar que o Programa Planafloro é objeto de um acordo de empréstimo internacional com o Banco Mundial e que esse acordo terminou em 30 de setembro de 2002.
O Programa contribuiu para melhoria da qualidade de vida de pequenos agricultores, populações indígenas e ribeirinhas, a partir da ação direta de projetos comunitários (PAIC), assim como ações de demarcação, implementação de unidades de conservação, infra-estrutura, dentre outros. Entre as metas atingidas do ano de 2000 a 2002, destacam-se: implantação do plano de manejo da Floresta Estadual de Rendimento Sustentável - FERS do rio Vermelho B; Ações de fiscalização nas áreas indígenas; atendimento a 120 projetos do Programa de Apoio às Iniciativas Comunitárias - PAIC, que já estão em fase final de execução; pavimentação de 65% das rodovias estaduais RO 473 e RO 370; e concluído o Zoneamento Socioeconômico Ecológico do Estado de Rondônia.

FONTE: MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO SOCIAL

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

As novas usinas do madeira

Malária. As novas usinas do Rio Madeira (RO) V
Globo.com

Construção de usinas no Rio Madeira trazem reviravolta à região
Pesquisadores questionam riscos ao homem e ao meio ambiente. Possíveis assoreamento, malária e morte de peixes causam polêmica.

A construção das usinas de Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia, está trazendo mudanças rápidas na vida de pessoas e ao meio ambiente. Juntas, elas serão a terceira maior hidrelétrica do país, e já causam grandes impactos na região.

O mais visível é na natureza: movimentação de terra, alteração do fluxo do rio, formação de um lago artificial. Há também importantes consequências econômicas e sociais. Por isso são projetos que sempre provocam polêmicas.

SEDIMENTOS

Uma delas é sobre os reservatórios de água. Não quanto ao tamanho, porque serão relativamente pequenos, mas quanto ao risco de assoreamento, o depósito de sedimentos no fundo dos lagos. Os reservatórios poderão alagar mais áreas de floresta, as usinas perderão potência e a vida útil delas irá diminuir.

O professor da Universidade Federal de Rondônia, Luiz Fernando Novoa, diz que as pesquisas sobre o comportamento do Rio Madeira foram insuficientes e dá um conselho para quem vem para a região. "Procurar estudar mais a Amazônia, em primeiro lugar, ter menos arrogância com ela. Deixá-la de ver como estoque de terras, de madeira, de biodiversidade ou de energia."

"Contratamos os melhores especialistas em Amazônia que nos deram a tranquilidade de que o empreendimento está perfeitamente adequado e suportável pela sociedade brasileira", afirma o Diretor da Usina Santo Antônio, José Bonifácio Pinto Júnior.

MALÁRIA

Outra polêmica: há o temor de que os 20 mil empregos diretos que serão criados poderão provocar surtos de malária, o mal que assola a região. Muitos trabalhadores vêm de fora e são mais vulneráveis à doença.

A construção da estrada de ferro Madeira-Mamoré, cerca de 100 anos atrás, o primeiro mega projeto idealizado em Rondônia, atrasou por décadas e quase se inviabilizou porque milhares de trabalhadores morreram de malária.

As usinas tem planos de controle da doença, mas o pesquisador Luiz Hidelbrando Pereira da Silva, uma das maiores autoridades internacionais em malária, está preocupado com o que poderá acontecer fora dos canteiros de obras. "Nós vamos ter, seguramente, surtos epidêmicos em várias localidades. O que não quer dizer que isso seja incontrolável. Evidentemente as autoridades de saúde, federais, estaduais e municipais estão prevenidas sobre isso e tomando providências que eles podem tomar no sentido de reforçar as unidades de controle da malária na região".

PEIXES

O Bagre, peixe migratório abundante no Madeira também virou polêmica. As usinas terão uma espécie de escada para permitir que os peixes vençam as barragens ao subir o rio para se reproduzir.

A discussão sobre o Bagre foi ironizada por muitos, como se um peixinho estivesse criando problemas para um grande projeto. No mercado de peixe de Porto Velho dá para ver que o Bagre do Rio Madeira não é um peixinho qualquer que pode ser desprezado. A dourada, o jaú são peixes grandes, fundamentais para a economia da região e fundamentais na alimentação local.

Também há dúvidas se os bagres vão subir conseguir subir a escada. "Não estou sabendo realmente se vai ter condições do peixe passar. Ou se ele vai chegar ou vai voltar", diz o pescador Rosan Neves Barbosa. "Vão acabar os peixes todos e ninguém vai poder mais pescar e não sei como vai ficar”, afirma o pescador Marcos.

"Que funciona e que não funciona tem gente [dizendo] sempre. Agora, nós fazemos e tem funcionado no Brasil com a tecnologia mais evoluída em termos de hidrelétrica do mundo", explica o Diretor da Usina de Jirau, José Lúcio Gomes.

POTENCIAL AMAZÔNICO

O Brasil tem o maior potencial hidrelétrico do mundo, mas 70% dele estão na Amazônia. Quase todos os rios do sul, sudeste e nordeste já foram explorados. Foi o temor de um futuro apagão que levou o governo brasileiro a enfrentar os riscos de construir duas mega usinas na Amazônia.

O engenheiro e Presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim, que participou da decisão de construí-las, justifica os riscos. "Toda fonte tem seus prós e contras. Nós temos na hidrelétrica uma fonte que reúne as melhores condições do ponto de vista econômico, ambiental, e social, e o grande potencial brasileiro, está na Amazônia".

(Fonte: Globo.com) - Visite o site do Jornal da Globo

Veja a reportagem completa e assita ao vídeo clicando no link abaixo da Globo.com:
http://g1.globo.com/Amazonia/0,,MUL1272472-16052,00-CONSTRUCAO+DE+USINAS+NO+RIO+MADEIRA+TRAZEM+REVIRAVOLTA+A+REGIAO.html

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Agronegócio no Brasil: Perspectivas e limitações

Nos últimos 20 anos, os níveis tecnológicos alcançados pelos produtores rurais
brasileiros atingiram patamares expressivos que podem ser mensurados pelo aumento da
produtividade no campo. Isso explica, por exemplo, o fato de o Brasil ter conseguido dobrar a produção de grãos para os atuais 100 milhões de toneladas, em relação à colheita de 50,8 milhões de toneladas obtida no início da década de 80, com a mesma área plantada. Este desempenho no campo só foi possível graças à utilização de insumos – basicamente sementes, adubo e agrotóxicos – de primeira linha disponíveis para o setor. Hoje o agronegócio, entendido como a soma dos setores produtivos com os de processamento do produto final e os de fabricação de insumos, responde por quase um terço do PIB do Brasil e por valor semelhante das exportações totais do país.

A soja foi uma das principais responsáveis pelo crescimento do agronegócio no país,
não só pelo volume físico e financeiro envolvido, mas também pela necessidade da visão empresarial de administração da atividade por parte dos produtores, fornecedores de insumos, processadores da matéria-prima e negociantes.
A produtividade e o custo de produção das fazendas nacionais demonstram que a soja
cultivada consegue ter uma competitividade superior em relação à norte-americana.
A melhoria da competitividade da agricultura e pecuária do Brasil, sobretudo nos
últimos dez anos, e o próprio empenho do governo e da iniciativa privada em estimular e divulgar o produto agrícola brasileiro no exterior tem proporcionado aumento das exportações do agronegócio.

Além da maior produtividade do setor, o câmbio permitiu uma maior competitividade
aos produtos brasileiros. A partir de 1999, a taxa de câmbio real permitiu que a
competitividade do produto brasileiro conseguisse ser repassada ao mercado externo.
Também foram importantes na melhoria do desempenho dos embarques os ganhos em
logística, com a melhoria na infra-estrutura de rodovias e portos. Além disso, em 1996, foi desonerada a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que incidia sobre as exportações de produtos agropecuários.

Para aumentar a participação de mercado dos produtos agrícolas brasileiros, além do
trabalho promocional desenvolvido em conjunto pelo governo federal e iniciativa privada, o governo tem atuado junto a OMC (Organização Mundial de Comercio) no sentido da eliminação de barreiras comerciais nos países importadores.

Cabe destacar também que o sucesso do agronegócio forma parte de uma estratégia
desenhada nos anos 70 que apontou para a resolução de vários problemas estruturais que entravavam o desempenho da agricultura. O desenvolvimento tecnológico promovido pela EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) é usualmente citado como um dos principais fatores, mas há outros de igual ou maior relevância, como a abertura de fronteiras agrícolas nos Cerrados através de programas de colonização dirigida e as inovações introduzidas nos mecanismos tradicionais de política agrícola no Brasil.

Vários fatores contribuem para que haja grandes chances, no longo prazo, do Brasil
aumentar sua produção agrícola (principalmente de soja e milho). Pelo lado da oferta cabe destacar que o Brasil possui grandes áreas ainda inexploradas ou deficientemente exploradas que poderão ser incorporadas à produção agrícola no futuro se houver investimentos em produtividade e em meios de escoamento das safras.

Embora as perspectivas de continuação do desempenho do agronegocio continuem promissoras, há problemas tanto conjunturais como estruturais que podem definhar este
sucesso. No curto prazo observa-se um declínio dos preços internacionais e domésticos como o avanço de certas pragas que podem afetar a produtividade em algumas regiões (ferrugem asiática). No médio e longo prazo surge o problema da infra-estrutura de transportes, cuja deficiência tanto em termos de extensão como de qualidade ameaça introduzir um vetor de aumento de custos significativo na estrutura de produção.

A questão ambiental, principalmente por causa do desmatamento que vem sendo
observado em áreas de expansão da soja, cria um problema sério de sustentabilidade que o país deve enfrentar, sob pena de estar resolvendo um problema por um lado (macro econômico) e criando outro para as gerações futuras de dimensões mais perigosas que o que solucionou.

Leia mais sobre o Agronegócio

http://www.portaldoagronegocio.com.br/conteudo.php?id=32154

http://www.brasildefato.com.br/v01/agencia/analise/agronegocio-e-transnacionais-sao-inimigos-do-meio-ambiente

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Constituição completa 21 anos e senadores se dividem sobre mudanças frequentes

Da Agência Brasil
05/10/2009

Ao completar hoje (5) 21 anos de promulgação, a Constituição brasileira tem consenso dos senadores apenas no capítulo dos Direitos Sociais, ao considerar o texto original, aprovado pela Assembleia Nacional Constituinte de 1988. As frequentes alterações no corpo da Carta Magna é um assunto que ainda divide os parlamentares e frequentemente é cobrada no Senado, onde tramitam 384 propostas de emendas à Constituição (PEC).

Pelo menos dois exemplos disso são o excesso de medidas provisórias editadas pelo governo e a ausência e uma reforma política ampla que possa readequar os dispositivos aprovados pelos constituintes. O próprio presidente José Sarney (PMDB-AP) já tratou dos dois assuntos por diversas vezes, seja em discursos da tribuna do plenário ou em entrevistas. O mesmo fizeram os líderes anteriores, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) e Renan Calheiros (PMDB-AL).
Recentemente, o Congresso Nacional aprovou mudanças na legislação eleitoral, por meio de um projeto de lei, que passam a vigorar já a partir de 2010. Um dos pontos foi a adoção de critérios para o uso da internet nas campanhas, que acabou liberado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sanção da matéria.

Para o senador Tião Viana (PT-AC), as cerca de 60 propostas de emendas à Constituição analisadas todo mês por parlamentares fazem com que o texto constitucional deixe de cumprir o seu papel de “manto de proteção” da sociedade. Segundo ele, é preciso que os senadores parem e reflitam sobre o papel do legislativo para “vulgarizar” os trabalhos.

“Sequer temos informações das leis que estão sendo aprovadas que, por vezes, não são substantivas”, completou o petista. Ele sugere que os presidentes da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), e o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), se reúnam com as autoridades do Supremo Tribunal Federal (STF), Superior Tribunal de Justiça (STJ), Ministério Público, Advocacia-Geral da União (AGU) e Defensoria Pública da União para definir uma prioridade na agenda legislativa que priorize a análise do que foi posto no capítulo das Disposições Transitórias da Constituição e que ainda não foram regulamentados.

“Nas leis pendentes é necessário excluir o que não é essencial e avaliar o restante, mesmo porque muita coisa não deve ser tratada por alterações constitucionais mas por legislação ordinária”, afirma Viana em suas críticas. Para ele, o Congresso deve deixar de ser “uma fábrica de leis”.
Já o senador Francisco Dornelles (PP-RJ) não compartilha com as avaliações do colega petista. Segundo ele, o texto constitucional, no decorrer desses 21 anos, foi aperfeiçoado frequentemente pelos congressistas. Ele destacou, por exemplo, as mudanças na economia com as quebras dos monopólios do petróleo e das telecomunicações.

De acordo com ele, a reforma política é uma das prioridades que deve se estabelecer na agenda do Parlamento como parte desse processo de aperfeiçoamento constitucional, avalia.
Ele não compartilha, entretanto, da análise de que o governo edita muita medida provisória, em grande parte sem necessidade. “O número elevado de medidas provisórias só existe porque o Congresso aceita tais textos. Existem matérias que nunca deveriam ser tratadas como medida provisória, mas o Congresso ratifica”, afirma numa crítica a não instalação das comissões especiais que, em tese, deveriam analisar a admissibilidade e urgência das MPs, um preceito previsto na Constituição.

O líder do Democratas (DEM), José Agripino Maia (RN), ressaltou que a tarefa dos deputados e senadores neste momento, quando o assunto é reforma da Constituição, é ao longo do tempo realizar as adequações necessárias.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

PROVA DO ENEM CANCELADA

MEC cancela prova do Enem

Denúncia de jornal, de que o exame teria vazado, motivou a suspensão.Expectativa do MEC é realizar nova prova em 45 dias.

Do G1, em São Paulo


O Ministério da Educação e Cultura (MEC) cancelou na madrugada desta quinta-feira (1º) a prova do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), que seria aplicada neste final de semana, disse a assessoria de comunicação social do MEC, que confirmou também que a decisão partiu do ministro Fernando Haddad, após conhecer denúncia feita pelo jornal “O Estado de São Paulo”, de que a prova teria vazado. Haddad concederá entrevista nesta quinta, na sede do MEC, em Brasília, para explicar os procedimentos com relação ao Enem. O MEC tem uma segunda versão da prova, mas ainda não está confirmado se essa versão poderá ser utilizada. Cerca de 4,1 milhões de candidatos realizariam o exame. A expectativa do MEC é realizar a próxima prova, que tem como responsável o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), em 45 dias. O jornal “O Estado de São Paulo” denunciou que foi procurado por um homem que disse ter as duas provas que seriam aplicadas no sábado (3) e no domingo (4), e que queria vender o material por R$ 500 mil.