Bado |
A música (do grego μουσική τέχνη - musiké téchne, a arte das musas)é uma forma de arte que se constitui basicamente em combinar sons e silêncio seguindo uma pré-organização ao longo do tempo.
Com base nos valores da cultura local e misturando elementos que formam nossa Música Brasileira, o SESC em Porto Velho promoveu no período de 07 a 11 de maio a IX Mostra SESC RONDÔNIA DE MÚSICA – O SOM DO APITO DO TREM em três palcos: Melodia da Fumaça,Ritmo do trilho e Harmonia do Dormente, nomes estes em homenagem ao centenário da Estrada de Ferro Madeira Mamoré.
Sob a coordenação de Ceiça Farias a Mostra foi um sucesso desde o primeiro dia com shows de Bado - construtor de uma identidade musical amazônica sensacional e Binho- energia pura ao encerramento com um show belíssimo de Marfiza. A música apresentada nessa Mostra foi desde composições fortemente organizadas a músicas instrumentais e até formas aleatórias para se tirar um som como a apresentação do Grupo Conceito que tendo em Bira Lourenço um dos maiores gênios da percussão,multi-instrumentista conseguiu mais uma vez surpreender o público com uma apresentação fantástica,um verdadeiro mestre da música.
Bira Lourenço,Catatau e Alex Almeida |
O som que emerge de seus instrumentos inusitados é algo contagiante mostrando que talento não precisa se alimentar de fama . Nesta Mostra algo que ficou claro é que a musica pode ser dividida em gêneros e subgêneros, contudo as linhas divisórias e as relações entre gêneros musicais são muitas vezes sutis, algumas vezes abertas à interpretação individual e ocasionalmente controversas. Dentro das "artes", a música pode ser classificada como uma arte de representação, uma arte sublime, uma arte de espetáculo e o Grupo Conceito mostrou a que veio.
Outro destaque surpreendente ficou com a viola de Fernando Deghi que além de compositor,instrumentista e arranjador desenvolve um trabalho de recuperação e da divulgação da viola brasileira explorando as possibilidades deste instrumento,sobretudo em termos de afinações.
Zezinho Maranhão |
A voz regional de Zezinho Maranhão ,um grande poeta, músico e intérprete,um verdadeiro menestrel foi um oásis aos nossos ouvidos e em nossas mentes assim como a voz de Gláucio Giordanni e Carlos Moreira – verdadeiros poetas da música e literatura .Destaque para Tino Alves na percussão e Gio Viecili ao piano, clarinete, saxofone, teclado e apitos que deram um show a parte.
Na percussão dos shows também brilhou Mauro Araújo ao piano – um talento nato . A bateria de Di Stéffano e o bandolim de Henri Lentino simplesmente genial e a voz de Elisa Cristina sempre perfeita.
Carlos Moreira , Gláucio Giordanni,Alessandro Amorim, Gio Viecili,Marco Tulio Seixas,Pedro Paulo e Tino Alves |
Já a Música instrumental com o Grupo Expresso Imperial, o Instrumental de Oséias Araújo, Floresta Grupo Instrumental entre os outros dessa categoria foram ao contrário do que parece, uma música instrumental não necessariamente desprovida da voz e do canto, pois souberam cativar e passar sua mensagem em sua plenitude de som. O Grupo Minhas Raízes sempre encantando nas suas apresentações e nas suas percussões com flautas, reco-reco, gambá, cumbuca, carrilhão de bambu, checo-checo, entre outros. Além disso muito rock (Quarteto em rock,Beradelia,Versalle,Coveiros) e reggae (Dub da Lata) também fizeram parte dessa semana musical que a todos deixaram encantados e ainda Nec,Kali e os Kalhordas,Manoa,Marcus Vinícius,Di Stéffano deixaram suas marcas nessa semana.
Minhas raízes |
Na parte prática a semana contou com encontros que vieram beneficiar os participantes em conhecimentos e acima de tudo troca de experiências entre as quais oficinas como “Guitarra elétrica e a música brasileira” com Oséias Araújo; “Bateria Brasileira” com Di Stéffanno;”Bandolim” com Henry Lentino; “Pesquisa,Produção e Difusão da Música” com Marfiza,Rafael,Bado,Augusto Silveira,Denis e Marcelo Yamazak e ainda Workshop Violas do Mundo com Fernando Deghi e Guitarra Elétrica e a Música Brasileira com Oséias Araújo, ou seja, a MOSTRA DE MÚSICA DO SESC foi um verdadeiro sucesso e fica aqui registrado os aplausos da comunidade presente aos organizadores do evento e aos participantes com um gostinho de “quero mais”.
Di Stéffano |
Grupo Expresso Imperial |
Oséias Araújo |
Muito boa cobertura, excelentes fotos; ótimo registro. Porém, gostaria de fazer uma correção: Com o grupo Caixa de Silêncio, Glaucio Giordanni, Carlos Moreira e Alessandro Amorim, o pianista é Gio Viecili, e não Mauro Araújo.
ResponderExcluirA banda completa é:
Glaucio Giordanni - Voz
Carlos MOreira - Palavra
Alessandro Amorim - Baixo
Gio Viecili - piano, clarinete, saxofone, teclado e apitos;
Marco Tulio Seixas - Bateria;
Pedro Paulo - Violão;
Tino Alves - percussão.
Grande abraço! Obrigado pela cobertura!
Obrigada! Valeu! Correção realizada.
ExcluirA senhora que surpreende também prof.Quando gosta de alguma coisa valoriza mesmo e faz bem em nos mostrar que precisamos conhecer nossos valores da terra.Gostei mto nos dias que fui.Admiro seu trabalho.bjus
ResponderExcluirConcordo com vocês o sucesso foi total, que pena que a mídia não divulga muito e muitas pessoas sequer ficam sabendo desses eventos.Coisas ruins sai na mídia,coisas boas dificilmente.Parabens pelo trabalho aqui não somente sobre a Mostra mas sobre os conteúdos centralizados e postados de redação a essa juventude carente de informações pertinentes. Um abraço!
ResponderExcluirParodiando Clarice Lispector e Fernando Pessoa o som de Bira Lourenço tem o peso da palavra não dita, prestes quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança, de uma saudade, de um olhar. Pesa como pesa uma ausência da lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da música,da magia levando quem o ouve a mares nunca dantes navegados...é um "eu" gritando emoção,assim é Bira...Bira Lourenço...
ResponderExcluirCaixa de silêncio de volta aos palcos? Que bom, há muito tempo não os via.Precisam fazer um show especial em Porto velho. Não compareci mas vejo que as apresentações foram excelentes.Parabéns aos organizadores.
ResponderExcluirA luz escurece.Os instrumentos tocam em conjunto. Não no palco. Todos aplaudem. E então, o mais belo acontece. Silêncio absoluto. O propósito de todos torna-se único: música. Na sua forma mais pura. Nada mais. O triângulo da Arte toma forma. Autor, obra e plateia tornam-se um só.Bira Lourenço!
ResponderExcluirComo ja disse na outra postagem Bado merecia estar na midia fazendo o sucesso que merece.Esse músico é bom d++++++++++++
ResponderExcluirLembro de shows dele com Marfiza,eles devriam fazrer um show juntos,Fica aqui a sugestão.
Cara, perdi show do Zezinho?num acredito kkk gosto muito de tu meu...
ResponderExcluirBira é o som da floresta, é o som dos magos, é o som dos duendes...
ResponderExcluirTem o poder e a magia na ponta dos dedos, do ouvido , acima de tudo no coração...
É alma viva, é poesia, é essência...
É o som puro, caliente,contagiante que faz sua respiração parar para ouvir melhor...
É suspense, é emoção, é VIDA, é o Poeta do Madeira.
"Como dizia Aldous Huxley "Depois do silêncio, aquilo que mais aproximadamente exprime o inexprimível é a música."
ResponderExcluirGostei de Bado,Zezinho,Binho e do grupo do prof Moreira.Esse povo é a nata do que há de melhor nessa cidade.Claro que as vozes do grupo raízes é fantástico, a percussão de Bira e Tino Alves um showsaço e o piano com Maurinho sem comentários.Amei tudo.Não gosto de banda só de instumental mas teve uns grupos bons nisso tbem.
ResponderExcluirMinhas Raizes, mto bommmmmmmmmmmmmmmm
ResponderExcluirgarotada inteligente.Sucesso ao grupo!
Concordo com todos os comentários acima,pois cada um em seu estilo arrebantaram no SESC.E, claro, impossível não ser tragado pela vibração que emana da percussão do meu querido amigo Bira especialmente em apresentação ao vivo pertinho do público. Aí, a conversa é outra, o público vibra em uníssono numa espécie de transe de euforia, difícil de ser contido. Falar sobre percussão nessa região pressupõe referência imediata a ele que não deixa ninguém esquecer sua proposta de valorizar a riqueza da música arte.O resultado é único, intenso, refinado e talvez o que há de mais inovador na percussão do país pois a cada apresentação sua uma surpresa aparece.
ResponderExcluirA música é o tipo de arte mais perfeita: nunca revela o seu último segredo.(Oscar Wilde)
ResponderExcluirMe amarei eu me amarrei foi nos meninos do imperial e na bateria de Di Steffano e no tino alves - uma figura aquele cara kk
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