O prejuízo é incalculável, pois fica difícil avaliar o tamanho e a extensão do impacto de todos esses acontecimentos. Nos polos da Terra, os efeitos da destruição dos ecossistemas gritam; se havia uma grossa camada de gelo em um período de pelo menos dez mil anos desde a última glaciação, hoje, o registro de formação de áreas verdes na Antártica é uma realidade assustadora.
Segundo cientistas, no Ártico, a elevação da temperatura na atmosfera é o dobro da média global e por conta disso o gelo no extremo norte da Terra, fundamental para manter a temperatura no planeta, vai começar a desaparecer durante o verão a partir de 2060.
São as baixas temperaturas nos polos que mantêm o clima ameno em toda a Terra. É essas baixas temperaturas alimentam as correntes marítimas, resfriando as massas de ar e devolvendo ao espaço a maior parte da energia solar que recebem. Estudos já comprovam que no futuro as temperaturas ficarão 12 graus centígrados mais altas em toda a região do Oceano Ártico. A consequência disso são inundações de regiões costeiras, com o aumento do nível dos oceanos, fazendo desaparecer do mapa cidades imensas; países como a Holanda não existiriam mais.
O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) da ONU fala em aumento da temperatura média no mundo em 5 graus. A previsão dos cientistas é que países onde o frio é intenso ganharão um clima muito quente, e em países onde o clima já é quente, a sobrevivência será insuportável.
Muitas pessoas morrerão pela escassez da água. Já foi comprovado que o pulmão do planeta, que é a Amazônia, em menos de 50 anos será transformado em um cerrado.
O Brasil ficou na rota dos ciclones desde que o litoral sul do país foi varrido por um forte ciclone em 2004. A chegada à costa de outras tempestades similares, ainda que de menor intensidade, mostra que o problema veio para ficar. Por outro lado, um estudo da ONU estima que o nível das águas subirá 1 metro até o fim deste século. Cidades à beira-mar, como Recife, precisarão ser protegidas por diques.
De acordo com Bill McGuire, diretor do Centro de Pesquisa de Riscos Benfield Grieg, da University College of London, o total de áreas atingidas por seca dobrou em trinta anos. Um quarto da superfície do planeta é agora de desertos. Só na China, as áreas desérticas avançam 10.000 quilômetros quadrados por ano, o equivalente ao território do Líbano. O cientista também afirma que os furacões estão mais fortes e que, devido ao aquecimento das águas, a ocorrência de furacões das categorias 4 e 5, os mais intensos da escala, dobrou nos últimos 35 anos.
O furacão Katrina, que destruiu Nova Orleans, é uma amostra dessa nova realidade. McGuire lembra que o nível do mar subiu, e que a elevação desde o início do século passado está entre 8 e 20 centímetros. Em certas áreas litorâneas, como algumas ilhas do Pacífico, isso significou um avanço de 100 metros na maré alta.
As catástrofes cresceram tanto que, segundo uma pesquisa feita pela BBC em 27 países, em um só ano o mundo viveu 168 inundações, 70 tornados e furacões e 24 secas. No século 19, não havia mais de 12 episódios desse durante todo o ano. Segundo o autor do livro Fronteira Final, Antônio Mesquita, que também dirige o departamento de jornalismo da Casa Publicadora das Assembléias de Deus (CPAD), a análise de tudo isso à luz da Palavra de Deus nos leva à conclusão de que esses são, sim, sinais do final dos tempos.
E haverá em vários lugares grandes terremotos, e fomes e pestilências (pragas: doenças epidêmicas malignas e contagiosas que são mortíferas e devastadoras); haverá também coisas espantosas, e grandes sinais do céu. (Lucas 21:11)
E haverá sinais no sol e na lua e nas estrelas; e sobre a terra haverá angústia das nações, em perplexidade [sem recursos, confusas, deixadas em dúvida, sem saber o que fazer] pelo bramido do mar e das ondas. Os homens desfalecerão de terror, e pela expectação das coisas que sobrevirão ao mundo; porquanto [todos] os poderes do céu serão abalados. E então verão vir o Filho do Homem em uma nuvem, com poder e [Sua] grande glória [majestosa]. Ora, quando estas coisas começarem a acontecer, exultai e levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção se aproxima. (Lucas 21:25-28)
Por Nilbe Shlishia
Veja também:
www.if.ufrgs.br/oei/solar/solar13/solar13.htm
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