sábado, 9 de junho de 2012

GENTE DA MESMA FLORESTA

Foto: de Rose Viegas - fatoconstante.com








Encher a alma de alegria e harmonia, num verdadeiro show musical com ritmos indígenas e caribenhos remetendo às lendas e a exuberância dos rios e da Floresta Amazônica é a proposta do grupo Gente da mesma Floresta. Numa explosão de ritmos calientes, o grupo proporcionou uma “anarquia” melódica gostosa de ver, sentir, ouvir e dançar. Após dois anos GENTE DA MESMA FLORESTA voltou a se apresentar brindando Porto Velho com um espetáculo grandioso. O grupo  formado por Nilson Chaves (PA),Bado (RO),Graça Gomes (AC),Eliakin Rufino (RR),Célio Cruz (AM) e Zé Miguel (AP) trouxe nessa edição a participação brilhante  de músicos locais como Bira Lourenço (percussão),Ronald Vasconcelos (guitarra) Mauro Araújo (teclados), Kleiton (contrabaixo), Júnior Lopes (bateria)  e Joelsom (sax e flauta).  

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e a Fundação Cultural Iaripuna trouxeram-os de volta a Porto Velho para encerramento dos 8 dias de Ativismo Verde, que ocorreu para comemorar a Semana do Meio Ambiente. O espetáculo emana principalmente das idéias e propostas da música, produzindo uma obra, ou seja, um acontecimento cênico com profunda repercussão na platéia. Usa-se as palavras através da música para criar imagens e sensações, um elo de identificação entre palco e platéia no intuito de preservar e valorizar a Amazônia. São as palavras e os espaços que unidos na ação de preservação ambiental subvertem e ampliam as propostas do texto, criando com isso uma revelação mais profunda das intenções contidas no objetivo principal do Ativismo Verde. Um espetáculo para sentir, refletir e mobilizar camadas da sociedade em prol da preservação, no envolvimento destes em questões muitas vezes discutidas, mas onde se falta uma ação mais coerente. A música tem esse poder  de transmutação, através da compreensão racional e emocional. 

GENTE DA MESMA FLORESTA desde sua formação - uma idéia de Nilson Chaves - já visava estreitar a relação entre os Estados da região Norte através de seus compositores, fortalecendo a cultura, incentivando a produção musical, abrindo portas e promovendo a interação entre os músicos. Foi a escolha perfeita para o encerramento das atividades do Ativismo Verde  tendo em vista que a união dos mesmo já  fazem parte de um movimento que trabalha em defesa da identidade amazônica.

O Brasil com suas ricas raízes cultural nos proporciona grandes músicos, mas muitas vezes não é dado o devido valor a eles. Quem pesquisar um pouco mais sobre Nilson Chaves por exemplo perceberá o grande valor desse musico que “eternizou-se em sua terra natal pela canção "Sabor Açaí". Sendo um dos cantores paraenses mais conceituados no mercado internacional e o mesmo  confessa seu orgulho de ser um artista genuinamente amazônico". Zé Miguel por sua vez está entre os principais representantes da música na Amazônia, com valorização dos ritmos regionais, como o batuque e o marabaixo, elementos marcantes da cultura afro no Amapá. Eliakin Rufino é “um poeta, cantor, escritor, professor de filosofia, produtor cultural e jornalista brasileiro. É, junto a Zeca Preto e Neuber Uchoa, um dos integrantes do movimento Roraimeira — expressão cultural amazônica considerada por cientistas sociais como um dos expoentes máximos na construção da identidade roraimense e encantou o público mais uma vez com declamação de poesias durante o show. Já a” música de Célio Cruz se inscreve no bom estilo MPB, com algumas incursões por ritmos latinos, blues e baladas, com melodias originais que podem ser interpretadas como a feição amazônica impregnada na própria vida do artista, refletindo sutilmente sobre a sua obra”.Bado compositor e instrumentista   nascido na cidade de Porto Velho (RO), “expressa em sua música as experiências vividas na região amazônica, em mais de vinte anos de carreira. O compositor aposta na música amazônica como uma música universal, que abrange a diversidade rítmica presente na cultura do Norte do país.” Graça Gomes é natural de Rio Branco. “Teve sua formação musical com o pai, famoso sanfoneiro dos seringais acreanos e amazonenses dos anos 60 e 70, conhecido como Chiquinho Arigó. Com ele aprendeu suas primeiras músicas, forrós, xotes e rancheiras. Assim, começou a cantar muito cedo nas festas populares e religiosas e, logo depois, bares e shows.” Com uma voz afinada, tanto na intensidade quanto na suavidade encanta quem a ouve. Portanto “Gente da mesma Floresta” é composto pelo que há de melhor na musica regional amazônica e, uma pesquisa mais atenta sobre a biografia de cada um levará o leitor a conhecer verdadeiras pérolas da música regional amazônida.

Destaque também para as participações de Bira Lourenço consagrado percursionista de Porto Velho que dentro deste grupo se integrou perfeitamente, pois como já observado Bira é “o som da floresta, é o som dos magos, dos duendes. Tem o poder e a magia na ponta dos dedos. É alma viva, é poesia, é a essência de um som puro, caliente, contagiante... é o poeta do Madeira.” A performance do guitarrista Ronald Vasconcelos, os teclados de Mauro Araújo, o contrabaixo de Kleiton, a bateria de Júnior Lopes e o sax e flauta de Joelsom completaram o espetáculo, pois a grande habilidade com os instrumentos impressionou e deixou no público um gostinho de “quero mais”.

Com a música “Não vou sair” uma composição de Celso Viáfora, ”Gente da mesma Floresta” encerrou o espetáculo recebendo aplausos de maneira calorosa pelo público portovelhense reconhecedores e apreciadores das belas canções regionais.



7 comentários:

  1. Nossa!Assisti um show deles no Teatro das Bacabeiras uma vez.Não sabia que eles estavam aqui.Hj estou em porto velho por circunstâncias pessoais mas aprecio muito a música deles.

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  2. soninha querida,ao te ver no show ontem tinha certeza de que ao passar pelo seu blog encontraria algo escrito.Impecável como sempre!e vou te dizer algo que vai gostar.Nossos artistas daqui se sobressaem não é? bado foi o primeiro a levantar a platéia;aquele guitarrista Ronald é d+++ e, o Bira sem comentários.Concorda comigo???? kkkk (eu sei q sim)

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  3. Quando você desenvolve a cultura, multiplica o espaço para vozes que refletem sobre os problemas da sociedade,no caso do show,as questões ambientais e regionais. Se o Ministério da Cultura funcionasse, a criticidade da cultura brasileira daria grande contribuição ao desenvolvimento democrático do país.Por isso o papel do Município e do Estado são importantes, mas é preciso que o Município invista mais para que dê acesso ao público a shows como esse, pois há quem aprecie e às vezes percebo que o próprio Município trata seu povo como alienado, pois os grandes empresários patrocinados muitas vezes pelos órgãos públicos só trazem lixo para as casas de shows deixando de valorizar tanto os artistas como estes como o público que gosta dessas coisas.Ou será que eles não perceberam que grande parte da população gosta de coisas boas e de estilos musicais que não seja forró,funk,calixo como diz um amigo meu e essas porcarias que aparecem nas casas de shows.Parabéns ao município,por pelo menos estar tentando valorizar o que bom existe na região norte.

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    1. Com certeza.De vez em quando o Município dá uma dentro rsrsr

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  4. Loucura Loucura Loucura!!! Foi um Showwzaçoo !!! Parabénsss ao Gente da Floresta !tocam muuito e Banda oq foi aquilo?? D+ ,
    voltem mais vezes por favorr!!!

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  5. A participação dos rondonienses smpre é destaque.Concordo com Carlos acima, onde tiver o percussionista Bira qualquer banda fica melhor,qualquer show fica mais show.Claro que cada um que faz parte do grupo traz algo peculiar que contribui para o sucesso do grupo e, é isso que faz o melhor da apresentação.Parabéns e sucesso ao grupo.

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  6. Amuuuuuuuuuuuu sabor açaí do nilson chaves, eita cara que canta d+++++++++
    sucesso

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