A Mostra de Tambores e
Batuques no SESC/RO surpreendeu mais uma vez pela complexidade e criatividade
dos participantes nos shows. O ritmo marcante foi dos sons de varas de bambus à
musicalidade dos rituais religiosos. Shows essencialmente acústicos que
valorizaram a qualidade das obras de seus intérpretes, pois a cada edição do
Sonora Brasil percebe-se a consolidação de um dos maiores Projetos de
circulação musical no Brasil. São muitos os artistas que podemos citar como destaque,
mas o GRUPO SONS DE BEIRA(RO) mais
uma vez surpreende o público por trazer uma linguagem própria revelando ao
público segredos dos ritmos de nossa cultura galgando degraus nos palcos do
Sonora Brasil, espalhando pelos ares sons de qualidades que possam atingir uma
plateia entusiasmada em desfrutar da boa arte. Bira Lourenço e Catatau Batera
estão unidos pela harmonia,pela pesquisa,pela revolução de sons que se pode
fazer com elementos do cotidiano.Como disse um amigo que se fazia presente “É um som mais underground. Tudo feito pelas próprias mãos
e, aí reside o charme,o encantamento, a musicalidade,a interação com a plateia”.
Contagiante e poético,
numa interação única, ambos envolveram a plateia que mais uma vez valorizou o
que é do nosso Estado e, é um grupo que merece incentivo e patrocínio para
correr o Brasil mostrando que aqui nesta terra há pessoas tão talentosas quanto
em qualquer outro lugar do mundo, porém ainda a nível local precisamos criar um público que tenha orgulho da produção
artístico cultural rondoniense que valorize mais o que é daqui, pois Bira
Lourenço é um exemplo de força da cultura beradeira, é “uma corrente que não cessa, que é vontade
que não seca, que é correnteza do rio”, defensor nato dos sons da Amazônia, de
sua história e de seu povo”. Lavadeira
levantou o público, a percussão criada ao se lavar a roupa deixou a todos
extasiados de como a criação é um ato divino e único nas mãos de Bira Lourenço.
Geralmente a maior parte dos instrumentos de percussão tradicionais possuem
sons de curta duração, mas essa não é a característica fundamental nos objetos
de onde Bira Lourenço e Catatau tiram o som. Das bolas de gude e da água,do
metal e do plástico, da cerâmica e da madeira,da toalha e da escova,do ar e da
vibração dos corpos,das varas de bambus, eles transformam matéria em instrumentos de percussão ao
longo de seu show que surpreende pela qualidade e bom gosto. Resgatar os sons
da floresta, dar valor as suas raízes, linguajar e cultura misturando tudo isso
é a receita certa, é a mais pura arte na música de Bira Lourenço e Catatau que
merece ser estudada e trabalhada pelo universo da física, pois é única e, a
valorização da mesma deve começar por nós, rondonienses natos e/ou rondonienses
de coração.
Caracas,já estava me perguntando porque você não tinha escrito nada à respeito das programações do Sesc,afinal tu és frequentadora nata desses lugares.Muito bom destacar o grupo local,amei todos,mas o que é nosso é sempre nosso,Bira um descobridor que encanta por encantamento que nos encanta, parece um bruxo da floresta (rsrs no bom sentido ,claro)...
ResponderExcluirQue maravilha ver a valorização de pessoas da terra! Bira é um encantamento que encanta no canto da floresta.Parabéns gdes músicos percussionistas.
ResponderExcluirNada como valorizar os talentos genuínos da terra.Bira um encantamento que encanta com o canto da floresta.Parabéns aos dois gdes músicos.
ResponderExcluirCatatau e Bira sempre um show imperdível...
ResponderExcluirSoniamar sempre definindo muito bem o que acontece em eventos culturais.Gostei da frase:"Bira é uma corrente que não cessa, que é vontade que não seca, que é correnteza do rio", realmente o estilo,a pesquisa, a criatividade não tem fim em Bira Lourenço.
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