sábado, 4 de junho de 2011

“Florestas: a Natureza a seu Serviço” - 05 de Junho - Dia Mundial do Meio Ambiente

Ano da Floresta! Dia do Meio Ambiente! Mas afinal o que estamos fazendo para cooperar com o desenvolvimento sustentável a fim de que possamos preservar o mundo para as gerações vindouras? Nada! Continuamos esperando que o "outro" faça,que os políticos façam, que a sociedade faça e esquecemos que a sociedade somo nós.Vejo com pesar que  por mais que se divulguem tragédias e mais tragédias em épocas de chuva - encostas desabando e soterrando milhares de pessoas;enchentes; poluição; desmatamento -  continuamos calado.

Leonardo Boff já disse em um artigo " chegamos a um ponto em que se exige um completo repensamento e reorientação de nosso modo de estar no mundo. Não basta apenas uma mudança de vontade, mas sobretudo se exige a transformação da imaginação. A imaginação é a capacidade de projetar outros modos de ser, de agir, de produzir, de consumir, de nos relacionarmo-nos uns com os outros e com a Terra. A Carta da Terra foi ao coração problema e de sua possível solução ao afirmar:"Como nunca antes na história, o destino comum nos conclama a buscar um novo começo. Isto requer uma mudança nas mentes e nos corações. Requer um novo sentido de interdependência global e de responsabilidade universal. Devemos desenvolver e aplicar com imaginação a visão de um modo de vida sustentável aos níveis local, nacional, regional e global" .
 
Mais a frente reafirma com convicção de que " a crise da Terra é conjuntural e não estrutural e pode ser enfrentada com o arsenal de meios que o sistema dispõe, com acordos entre chefes de Estado e empresários quando toda a comunidade mundial deveria ser envolvida. A referência de base não é a Terra como um todo, mas os estados-nações cada qual com seus interesses particulares, regidos pela lógica do individualismo e não pela da cooperação e da interconexão de todos com todos, exigida pelo caráter global do problema. Não se firmou ainda na consciência coletiva o fato de que o Planeta é pequeno, possui recursos limitados, se encontra superpovoado, contaminado, empobrecido e doente. Não se fala em dívida ecológica. Não se toma a sério a crise ecológica generalizada que é mais que o aquecimento global. Não são suficientes a adaptação e a mitigação sem conferir centralidade à grave injustiça social mundial, aos massivos fluxos migratórios que alcançaram já a cifra de 60 milhões de pessoas, a destruição de economias frágeis com o crescimento em muitos milhões de pobres e famintos, a violação do direito à seguridade alimentar e à saúde. Falta articular a justiça social com a justiça ecológica."

O rápido crescimento econômico veio com custos que raramente são mencionados na contabilidade nacional. Eles vão desde poluição da água e da atmosfera à degradação do setor da pesca e das florestas, tudo que causa impacto na prosperidade e no bem-estar humano. O tema do Dia Mundial do Meio Ambiente este ano, “Florestas: a Natureza a seu Serviço”, enfatiza o valor multimilionário deste e de outros ecossistemas para a sociedade – especialmente das sociedades mais pobres.
Jamais conseguiremos  construir um mundo mais justo e equitativo se não dermos o mesmo peso aos três pilares do desenvolvimento sustentável: social, econômico e ambiental. Para reduzir a pobreza de maneira sustentável, garantir segurança alimentar e de nutrição, e oferecer empregos decentes para as crescentes populações, devemos fazer um uso mais inteligente de nosso capital natural.E como disse Leonardo Boff "é preciso transformar mentes e corações" para que isso ocorra de forma equilibrada, mas o que se percebe ainda é um misto de interesse político e  no próprio bolso.

 Índia, a anfitriã global do Dia Mundial do Meio Ambiente de 2011, está entre o crescente número de países que têm trabalhado para atender às pressões das mudanças ecológicas. Também está ajudando a criar uma avaliação melhor dos valores econômicos dos serviços baseados na natureza, com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e do Banco Mundial. A Lei de Emprego Rural da Índia e o incentivo do país nas energias renováveis são exemplos importantes de como dimensionar o crescimento verde e acelerar a transição para uma economia verde,enquanto isso o Brasil anda na contramão aprovando um código florestal nada ajustável aos padrões necessários à preservação.

Cabe a cada um de nós atentarmos para os "valores mínimos como a sustentabilidade, o cuidado, a responsabilidade coletiva, a cooperação e a compaixão ou  poderemos nos acercar de um abismo, aberto lá na frente."

Um comentário:

  1. O ser humano se considera um ser “civilizado”, mais que civilização é essa que destrói com o seu bem mais precioso que é a floresta. Ao contrário disso aquele que são chamados de animais irracionais, pelos que se dizem superiores, não fazem nada que possa vim a destruir com o seu lar, seu abrigo, sua casa, que é a floresta. É triste saber a que nível o ser humano chegou, de se achar tão superior e ao mesmo tempo ser tão inferior, por agir sem pensar, fazer por fazer, buscando apenas seus próprios interesses, visando apenas ter lucro, ter dinheiro, mesmo que para isso tenha que passar por cima da mãe natureza. Aí me pergunto para que possuir o dinheiro se não poderei usar no futuro, ou usarei para concertar aquilo que fiz de errado, tentando impedir o mundo de chegar ao seu fim. Portanto cabe a cada um de nós a parar e meditar já que digo ser civilizado, ou superior, porque não porto-me como um. Vamos preservar a floresta, nossa mãe, nosso lar. Para que assim possamos impedir que o mundo chegue ao seu fim, permitindo assim que gerações futuras possam surgir.

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