sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Macrocefalia Urbana



Macrocefalia urbana é um fenômeno urbano que ocorre principalmente em países subdesenvolvidos. É caracterizada pelo desequilíbrio populacional de uma determinada região que pode ser classificada como cidade, estado ou país onde se tornam dominantes e autoritárias em relação a outras cidades por ser favorecida pela quantidade de habitantes que contém e também pela grande quantidade de indústrias em seu território.
Este fenômeno produz cidades completamente desprovidas de infra-estrutura e planejamento, o que provoca marginalização, submoradia, aumento da violência, criminalidade, desemprego, doenças que são favoráveis à reprodução de outros problemas.
Podemos perceber a macrocefalia urbana presente em países africanos e em cidades como Trípoli (Líbia), Atenas (Grécia), Montevidéu (Uruguai), Santiago (Chile), Buenos Aires (Argentina), São Paulo (Brasil) e tantas outras que apresentam problemas visíveis quanto a atividades econômicas e da população que tendem a ser mais perceptíveis em metrópoles.
Em paises  desenvolvidos a macrocefalia urbana atinge menores proporções por causa do planejamento dos mesmos e por causa do crescimento urbano gradativo que os permite estruturar suas cidades.
A macrocealia urbana é considerada como a maior arma letal contra a qualidade de vida, mas para os políticos em geral é uma forma de conquistar votos e a confiança da população, pois por meio dos problemas que a macrocefalia urbana provoca estes conseguem construir projetos de urbanização e habitação.



URBANIZAÇÃO BRASILEIRA

As raízes da urbanização brasileira são decorrentes da história, os primeiros centros urbanos surgiram no século XVI, ao longo do litoral em razão da produção do açúcar, nos séculos XVII e XVIII, a descoberta de ouro fez surgir vários núcleos urbanos e no século XIX a produção de café foi importante no processo de urbanização, em 1872 a população urbana era restrita a 6% do total de habitantes. 

Posteriormente, no início de século XX, a indústria foi um instrumento de povoamento, a partir da década de 1930, o país começou a industrializar-se, como o trabalho no campo era duro e a mecanização já provocava perda de postos de trabalho, grande parte dos trabalhadores rurais foram atraídos para as cidades com intuito de trabalhar no mercado industrial que crescia. Esse êxodo rural elevou de forma significativa o número de pessoas nos centros urbanos. Atualmente 80% da população brasileira vive nas cidades, apesar disso o Brasil é um país urbano, industrial e agrícola.


Ao longo das décadas a população brasileira cresceu de forma significativa, ao passo desse crescimento as cidades também tiveram sua aceleração em relação ao tamanho, formando imensas malhas urbanas, ligando uma cidade a outra e criando as regiões metropolitanas (agrupamento de duas ou mais cidades).

O crescimento desenfreado dos centros urbanos provoca conseqüências, como o trabalho informal e o desemprego decorrente de sucessivas crises econômicas. Outro problema muito grave provocado pela urbanização sem planejamento é a marginalização dos excluídos que habitam áreas sem infra-estrutura (saneamento, água tratada, pavimentação, iluminação, policiamento, escolas e etc.) e junto a isso a criminalidade (tráfico de drogas, prostituição, seqüestros etc.). 

A falta de um plano diretor não só demanda problemas sociais como também provoca alterações ambientais, um exemplo dessa realidade é a poluição do lixo, milhões de pessoas consomem e produzem os mais diversos detritos que diariamente são depositados em lixões a céu aberto sem receber nenhum tratamento, esse lixo transmite doenças, polui o lençol freático.
Outra poluição presente nas cidades é a atmosférica, proveniente da emissão de gases de automóveis e indústrias, esses gases provocam problemas de saúde, principalmente respiratórios e, por fim, a poluição das águas, pois os dejetos das residências e indústrias são lançados sem tratamento nos córregos e rios, no período chuvoso ocorrem as cheias que dispersam a poluição por toda a área. 

Em suma, percebe-se que a maioria dos problemas urbanos é primeiramente de responsabilidade do poder público que muitas vezes são omissos em relação a essas questões, em outros momentos podemos apontar a própria população como geradora de problemas, como o lixo que é lançado em áreas impróprias. Na verdade, a tarefa de fazer com que a cidade seja um lugar bom pra se viver é de todos os que nela habitam. 


terça-feira, 16 de setembro de 2014

Perda irreparável para Rondônia

EMMANOEL GOMES DA SILVA , PROFESSOR, HISTORIADOR E MEMBRO DA ACADEMIA VILHENENSE DE LETRAS,autor da coluna História de Rondônia 2 neste blog morreu na data de hoje deixando inúmeras dúvidas quanto a sua partida.Segundo a Folha de Vilhena foi encontrado morto em uma fazenda conforme matéria abaixo..


Urgente: Professor e historiador vilhenense é encontrado morto em fazenda

ALAN SOUZA 16 DE SETEMBRO DE 2014 3
Notícia acaba de ser confirmada e deixa parte da população vilhenense entristecida 
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Na foto interpretando um de seus poemos em momento de lazer com os amigos.
O professor e historiador Emmanuel Gomes foi encontrado sem vida em uma fazenda que pertence a amigos entre as cidades de Vilhena e Pimenta Bueno, de acordo com as primeiras informações, ele teria cometido suicídio, porém, ainda não foi realizada a perícia para que possa ser confirmada a causada da morte.
De acordo com amigos, Emmanuel estaria passando por problemas pessoais e estaria nessa fazenda para descansar, tanto que não compareceu ao trabalho na última segunda-feira, 15.
Emanuel além de professor, também era historiador e escritor, sendo autor dos livros: “A terra que se fez eldorado para todos os filhos”, “Porto Velho, a cidade erguida nos trilhos da esperança”, “Rondônia para concursos e vestibulares” e “  Um novo olhar sobre a história regional de Rondônia”.
Ele também estava envolvido com diversos movimentos artísticos na cidade de Vilhena, onde por diversas vezes recitou poesias em eventos artísticos.
Nossos sentimentos aos familiares...Foi-se o grande poeta,mas sua obra permanecerá para sempre na História de Rondônia. 

Fonte:http://www.folhadevilhena.com.br/urgente-professor-e-historiador-vilhenense-e-encontrado-morto-em-fazenda/ 

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Sesc Amazônia das Artes – Um show de talentos regionais em Porto Velho




Bado e Bando - No Quintal (RO)
A arte em um sentido amplo apresenta-se através de diversas formas como, a plástica, música, escultura, cinema, teatro, dança, arquitetura entre outras. O Sesc Rondônia vem apresentando na última semana um circuito de shows envolvendo música,dança,teatro em seus mais variados estilos que não fica nada a dever aos grandes espetáculos dos grandes centros do país,porém a falta de valorização da população local e da mídia em eventos como este é marcante e chama a atenção do pequeno grupo que frequenta esse tipo de evento e, a pergunta que não quer calar é: Por que não há divulgação suficiente para que o povo frequente,tendo em vista tratar-se de grandes espetáculos em horários acessíveis e de forma gratuita? 


Grupo Afrôs (MA)
O SESC é um caldeirão de cultura fervilhante e, o que se percebe são muitas pessoas dizendo que aqui não há eventos culturais, mas quando há, a chamada “elite” da cultura não se predispõe a prestigiar e nem a divulgar talentos que passam por aqui.Ou será que “cultura” em Porto Velho é somente “Flor-do-Maracujá”,”Expovel” e “carnaval fora de época” ? A arte não se restringe somente a isso,pois além de ser representada pelas formas mais populares,elas representam diferentes culturas e, é preciso que esse conhecimento chegue ao povo.Podemos citar por exemplo a participação do Grupo Inoromô do Maranhão que contou com a plateia da Escola João Bento trazendo uma energia contagiante num espetáculo indescritível e,que pelo entusiasmo da plateia se percebe como o desconhecimento faz com que não participem frequentemente desses eventos,porém observa-se que uma semente foi plantada e que muitos dos que ali estavam participarão mais ativamente dos próximos eventos.


Outro que fez um show foi o show arrebatador foi  Bado e Bando na abertura do evento dia 20/05. Além de ser um dos grandes talentos da terra o mesmo trouxe um show “No Quintal” de primeiríssima qualidade seguido no Domingo pelo Grupo Imbaúba do Amazonas com o Show “Vivo na Floresta”coordenado por Celdo Braga – exímio poeta da Amazônia.A região norte em suas nuances vem participando e mostrando as peculiaridades de sua região de forma fascinante, seja através do teatro,da dança ou da música.

Grupo Imbaúba (AM)


Participantes do Pará (Aldeotas – Lugar de Meórias),Mato Grosso (Tenho Flores nos Pés),do Amapá (O Curupira:um ser inesquecível) ,do Pará (A Onda Encantada), do Piauí (Luando),do Acre (As mulheres de Molière  e Origens) ,de Roraima (Carimbó Electro Seco) e de Tocantis (TO) ,se apresentaram e ainda se apresentarão no decorrer da semana fazendo todo circuito na região norte.O objetivo do SESC é “ difundir a arte que é produzida nesses Estados,arte que sugere reflexões não só sobre sua regionalidade, mas que expandem para o universal,tornando,então, possível o diálogo,troca de conhecimento sobre a arte produzida na Amazônia”.

A partir do dia 22/05 o SESC RONDÔNIA ainda apresentará a Mostra de Documentários no Audicine às 19:00h e entre eles um grande destaque aqui do Estado de Rondônia - BIZARRUS com a direção da grande jornalista Simone Norberto.

Os portovelhenses ainda podem conferir os espetáculos no decorrer desta semana  que ainda prometem encantar o público prestigiando esses grupos talentosos e ricos culturalmente no Sesc Esplanada a partir das 20:00h até o dia 20/05 e a Mostra de documentários do dia 22 a 24/05.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

BADO realiza show “No Quintal” na abertura da Mostra Sesc Amazônia das Artes



O cantor, compositor e instrumentista, Bado, realiza no próximo sábado (10/05) o show musical “No Quintal” na abertura da Mostra Sesc Amazônia das Artes que acontece de 10 a 20 de maio com atrações de todos os estados da região amazônica.

 O projeto desenvolvido pelo Sesc/Rondônia, terá sua abertura no Teatro I, com início previsto para às 20 horas e com entrada gratuita.

O Projeto Sesc Amazônia das Artes está em sua 7ª edição e visa difundir a produção artística dos Estados que compõem a Amazônia Legal. A criatividade, o fazer artístico e a troca de experiência estão explícitos no desenvolvimento do Sesc Amazônia das Artes que sugere reflexões não só sobre sua regionalidade, mas sobre o contexto universal, tornando assim, possível estabelecer diálogo com as produções da Amazônia.

O Show Musical “No Quintal” é formado pelo cantor e compositor, Bado; o guitarrista e violonista, Ronald Vasconcelos; o tecladista e flautista, Eric Botelho; o pianista e contrabaixista, Mauro Araújo e o baterista Junior Lopes. “No Quintal” é uma aproximação da música e da poesia com o universo do compositor recolhido às lembranças de mundos vividos na infância.

Para o instrumentista, o show “No Quintal” aporta-se num lugar onde os mitos e ritos compõem as histórias fincadas no barranco do tempo e do espaço de um povo que vive a cultivar os valores culturais contidos no quintal da Amazônia. “A apresentação deste show revela as travessias da vida, valorizando as lembranças guardadas na memória”, comenta o Compositor.

Histórico
Como uma instituição nacional, de caráter privado, mantida pelo empresariado do comércio de bens, serviços e turismo desde sua criação em 1946, o Sesc promove programas na área cultural que visam colaborar com a capacidade dos indivíduos de agirem e melhorarem a sua condição garantindo o bem estar e qualidade de vida, incentivando e difundindo a produção cultural. Confira a programação:

PROGRAMAÇÃO

10/05     " N0 QUINTAL "  -    BADO E BANDO    -  MÚSICA   (RO)
11/05     " VIVO NA FLORESTA " -     GRUPO INBAÚBA   -  MÚSICA  (AM)
12/05     TEATRO      "ALDEOTAS :  Um lugar de memórias"  -  GRUTA DE TEATRO (PA)
13/05     "TENHO FLÔRES NOS PÉS"  -   COMADANÇA  (MT)
14/05      "INOROMÔ"   -    GRUPO AFRÔS    - MÚSICA (MA)
15/05      "O CURUPIRA : Umser inesquecível"     -    TEATRO  (RO)
16/05      "A ONDA ENCANTDA"  -  TATI BENONE E YASH LUNA   -  DANÇA (PA)
17/05     "LUANDO"    -   JOSUÉ COSTA      -  MÚSICA  (PI)
18/05     "AS MULHERES DE MOLIÈRE" - Cia. Visse e Versa de Ação Cênica - TEATRO (AC)
19/05     "CARIMBÓ ELETRO SECO"  - BEN CHARLES E LOS THE OS  -  MÚSICA  (RR)
20/05     "ORIGENS "     -      NÓIS DA CASA   -    DANÇA  (AC)

Vale a pena Conferir!!!

Fonte: Edgar Melo


quarta-feira, 19 de março de 2014

Da criatividade à boa argumentação,tudo que NÃO pode faltar num texto

Como fazer um bom título? Há regra para argumentar com consistência? O que fazer quando se tem dúvidas gramaticais? Em grande parte dos vestibulares, a redação é parte importante da nota final obtida no exame. Por essa razão, mesmo quem gosta de escrever pode se sentir inseguro na hora de passar suas idéias para o papel. Embora não exista fórmula do texto perfeito, algumas dicas podem ser valiosas para ajudar tanto os vestibulandos a se dar bem nesta avaliação, quanto aqueles que precisam se aperfeiçoar.

Antes de mais nada, usar a criatividade é fundamental. Para alcançar este objetivo, o estudante deve se preocupar em ler bastante e de tudo um pouco. "O candidato deve conhecer sobre temas variados. A leitura é essencial neste processo. Obras clássicas, jornais, revistas, livros contemporâneos e até gibis auxiliam na aprendizagem de assuntos diferentes e no enriquecimento do vocabulário, o que, conseqüentemente, enriquece o texto.

Na opinião de Chociay, deixar a preguiça de lado e trabalhar em cima de textos é outra dica preciosa. "Tão importante quanto a leitura é a prática da escrita. Somente com o treino é que o estudante consegue melhorar seu texto", opina. Ele aconselha o estudante a fazer mais redações do que o número pedido pelas escolas ou cursinhos. "O candidato deve se forçar a escrever sobre temas variados e pedir para alguém corrigir ou ler seu texto. Mesmo quem tem talento, se não praticar, fará uma redação ruim", opina o autor.

A coordenadora da prova de redação do vestibular da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Meirélen Salviano Almeida, acrescenta que o aluno deve estar atento à objetividade do texto. "O estudante precisa seguir os padrões da norma culta e apresentar as idéias desenvolvidas de forma clara. Enrolar só dificulta o bom desenvolvimento dos argumentos e o aluno pode comprometer sua nota", afirma.
Segundo Meirélen, a redação avalia a capacidade do estudante de se expressar de forma acadêmica. Por esse motivo, a universidade é rígida em seu processo de avaliação. "A redação é fundamental em qualquer área do conhecimento, não apenas para os cursos de Humanas", explica.

O diretor acadêmico do vestibular da UNESP, Fernando Dagnoni Prado, complementa que a dissertação é a forma de comunicação usada durante todo o curso de graduação. Daí a importância de testar, já no vestibular, a capacidade de articulação de idéias do candidato por meio da dissertação. "Jargões e 'narizes de cera' devem ser evitados. Esses recursos só ocupam espaço e não acrescentam nada ao texto", afirma.


Fuja dos erros!

Na dúvida sobre como escrever, não arrisque levar textos prontos para copiar. Segundo Chociay, há casos em que o aluno leva um texto padrão para copiar a estrutura dentro de outro tema e perde completamente o foco da argumentação. "Se o candidato sempre tiver um texto pronto, ele fatalmente irá usar sua estrutura e correrá o risco de se desviar do tema a ser abordado", diz
O título é outro ponto de dúvidas e onde muitos alunos pecam na redação. Afinal, é obrigatório ou não fazer o título? Há vestibulares em que ele não é obrigatório. A prova da Unicamp, por exemplo, quando não cita a obrigatoriedade do título no enunciado do exame, não desconta pontos do estudante. "Se o título não é pedido no enunciado da prova, é uma opção do candidato colocá-lo. Isso não vai tirar pontos do aluno", explica Meirélen.

Chociay, por sua vez, aconselha o candidato a usar título mesmo quando ele não for obrigatório. "O título resume a idéia a ser trabalhada no texto e estimula a curiosidade do leitor", afirma. Por ser uma peça chave do texto, Chociay acredita que o título deve ser muito bem escolhido, não pode ser óbvio. "O título precisa chamar a atenção. Usar um título genérico é o mesmo que um convite para que a banca não se interesse pelo texto," opina ele.

Por fim, revisão é fundamental. Para os especialistas, não há dúvida de que erros gramaticais na versão final de uma redação comprometem o sucesso. Chociay recomenda ao candidato fazer um rascunho da redação e só depois de muita revisão entregar a versão final do texto. "Há espaço para isso no material dado no dia do vestibular e também há tempo para passar o texto a limpo. Na revisão, o aluno encontra erros gramaticais que devem ser corrigidos. Por isso, o candidato deve fazer o rascunho, ler, reler, passar a limpo e ler novamente. Assim ele pode consertar todos os erros que deixou para trás", diz.

quarta-feira, 12 de março de 2014

PRESIDENTE OU PRESIDENTA - INFORMAR-SE É PRECISO...


LER E ESTUDAR UMA GRAMÁTICA NORMATIVA NÃO FAZ MAL A NINGUÉM - A PALAVRA "PRESIDENTA " ESTÁ CORRETA E SE TENS PREGUIÇA DE SE INFORMAR BASTA ABRIR O DICIONÁRIO AURÉLIO QUE LÁ ESTÁ E,SEMPRE FOI ADMITIDO ESSA FORMA POR GRANDES GRAMÁTICOS DA LÍNGUA PORTUGUESA(VIDE BIOGRAFIA ABAIXO),MESMO ANTES DA SRA. DILMA ASSUMIR A PRESIDÊNCIA.
"1) Observa Domingos Paschoal Cegalla que presidenta "é a forma dicionarizada ecorreta, ao lado de presidente". Exs.:
a) "A presidenta da Nicarágua fez um pronunciamento à nação";
b) "A presidente das Filipinas pediu o apoio do povo para o seu governo".8
2) Para Arnaldo Niskier, "o feminino de presidente é presidenta, mas pode-se também usar a presidenta, que é a forma utilizada em diversos jornais".
3) Sousa e Silva não vê desdouro algum nem incorreção lingüística em se dizer presidenta para o feminino.
4) E transcreve tal gramático o posicionamento de Sá Nunes, para quem, ao se deixar de flexionar tal vocábulo, "não pode haver contra-senso maior: contra a Gramática e contra o gênero da Língua Portuguesa", uma vez que "o substantivo que designa o cargo deve concordar em gênero com a pessoa que exerce a função. Sempre foi assim, e assim tem de ser".
5) Continuando na exposição de seu próprio entendimento, complementa Sousa e Silva que, na esteira dos nomes terminados em ente – e que são comuns aos dois gêneros – tanto se pode dizer a presidente como a presidenta.10
6) Cândido de Oliveira, após lecionar que "os nomes terminados em ente são comuns de dois gêneros", acrescenta textualmente que "é de lei, assim para o funcionalismo federal como estadual, e de acordo com o bom senso gramatical, que nomes designativos de cargos e funções tenham flexão: uma forma para o masculino, outra para o feminin"; e, em seu exemplário, ao masculino presidente contrapõe ele o feminino presidenta.11
7) Ao lado de presidente – que dá como substantivo comum-de-dois gêneros – registra a palavra presidenta como um substantivo feminino o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa da Academia Brasileira de Letras, que é o veículo oficial para dirimir dúvidas acerca da existência ou não de vocábulos em nosso idioma,12 o que implica dizer que seu uso está plena e oficialmente autorizado entre nós. Pode-se dizer, portanto, a presidente ou a presidenta.
 Elis de Almeida Cardoso é doutora em letras e professora de língua portuguesa na USP e diz o seguinte:
"A categoria gramatical de gênero frequentemente é confundida com a noção de sexo. Cumpre lembrar que são noções distintas. O sexo é o conjunto das características que diferenciam o macho da fêmea; o gênero, em gramática, é uma categoria que distingue, em português, um nome masculino de um nome feminino, seja esse nome referente a um ser sexuado ou não.
As gramáticas, em relação à categorização do gênero, de uma maneira geral, acabam não sendo muito elucidativas, a ponto de dizerem simplesmente que são masculinos os nomes a que se pode antepor o artigo o - o livro, o telefone, o relógio - e são femininos os nomes a que se pode antepor o artigo a - a mesa, a cama, a pulseira.

Após a leitura dessa definição, a pergunta que se pode fazer é por que determinado substantivo é masculino e outro feminino? Qual a regra? "Sofá" é masculino (o sofá). Será que isso ocorre pelo fato de ele ser maior e mais pesado do que "a poltrona", substantivo feminino? Claro que se percebe, na verdade, que a distinção de gênero não é, e está longe de ser, racional.

Trata-se de uma divisão absolutamente aleatória. Pode-se tentar estabelecer uma normatização, ao se perceber que a maioria dos substantivos terminados em o são masculinos e os terminados em a são femininos. Pense em "o banco" e "a cadeira". Essa é uma verdade, mas sobram os nomes terminados por outras vogais e consoantes. Como explicar, então, o fato de "cabide" ser masculino (o cabide) e "parede" ser feminino (a parede)? Há ainda as exceções (o mapa, a união)... E o estrangeiro sofre, quando deixa "o chave cair na chão", tentando entender o inexplicável.

Pelo fato de a distinção de gênero ser aleatória, ela varia de língua para língua. No alemão, por exemplo, não existem dois, mas três gêneros: masculino, feminino e neutro. No latim também ocorria essa divisão. Em línguas próximas ao português como o francês, o espanhol e o italiano, há diferenças. "O mar", masculino em português, é feminino em francês (la mer), a nossa "ponte" é il ponte em italiano, e "a arte" é palavra masculina em espanhol (el arte).

Classificação questionável
Isso quer dizer que, para aprender a classificar os substantivos de acordo com o gênero, é necessário memorizá-lo, determinando-o com um artigo: o clima, o sol, a lua, o trovão, a tempestade... Esse aprendizado ocorre desde a infância. Ao decorar o nome de um objeto, a criança já caracteriza seu gênero sabendo que seus brinquedos são a bola, o balde, a boneca, o carrinho...

Volto a insistir que a categoria de gênero é uma noção gramatical, que não tem a ver com sexo. Prova-se essa afirmação, verificando-se que "vítima", por exemplo, é um substantivo feminino (a vítima), seja ela um homem ou uma mulher.

Como se não bastasse a dificuldade de caracterização em que o uso acaba se pautando mesmo na tradição, as gramáticas normativas, seguindo a Nomenclatura Gramatical Brasileira, apresentam uma classificação bastante questionável, falando em substantivos epicenos, sobrecomuns e comuns de dois. Além disso, percebe-se que muitos manuais falam em correspondência entre masculino e feminino por heteronímia (homem/mulher) ou sufixação (galo/galinha). Na verdade, muitos nomes que pouco esclarecem.

Categorias
Aceita a questão da aleatoriedade do gênero, resta perceber que, em português, há, por um lado, substantivos na língua que são sempre masculinos (livro, sofá) e substantivos que são sempre femininos (mesa, cadeira). Por outro lado, há pares de substantivos em que se verifica para uma forma masculina, uma forma feminina correspondente.

Para facilitar a compreensão de como ocorre a categorização de gênero em português e evitar nomes desnecessários, analisemos os pares: o gato/ a gata; o homem/ a mulher; o galo/ a galinha; o tatu (macho)/ o tatu (fêmea); o estudante/ a estudante.

No primeiro caso, o par gato/gata mostra o processo de flexão de gênero. O o final de "gato" dá lugar ao a de "gata", mantendo-se o mesmo radical. Pode-se dizer que são formas diferentes da mesma palavra marcadas pela oposição o/a. O mesmo ocorre com menino/menina, lobo/loba. Em autor/autora, peru/perua, a oposição se dá entre um vazio que marca o masculino (autor + Ø) e o aque marca o feminino (autor + a). Não deixa de ser um caso de flexão.

No segundo caso, as duas palavras, "homem" e "mulher" apenas se correlacionam semanticamente. Dizer que "mulher" é o feminino de "homem" é confundir flexão de gênero com um processo de analogia semântica entre duas palavras da língua. Nesse caso não há flexão e pode-se dizer que "homem" é uma palavra de gênero masculino e "mulher" uma palavra de gênero feminino.

Sufixos correspondentes
Observando o par galo/galinha vê-se que a correspondência ocorre pela sufixação. À forma masculina "galo" foi acrescentado o sufixo -inha para formar-se "galinha". Também aqui não se pode falar em flexão, pois uma palavra foi formada a partir de outra, uma é derivada da outra. A correspondência entre a palavra masculina "galo" e a feminina "galinha" ocorre por derivação.

Em o tatu macho/ o tatu fêmea, percebe-se pelo uso do artigo que "tatu" é uma palavra masculina que não sofre flexão de gênero. O mesmo ocorre com "jacaré".

O último par (o estudante/ a estudante) mostra que a oposição masculino/feminino se dá apenas pela variação do determinante (artigo). O mesmo ocorre com "dentista" e "repórter". Também não há flexão. Parece que, nesse caso, isso é evidente, uma vez que a forma da palavra (estudante) sequer variou.

O problema maior é estabelecer até que ponto os substantivos devem ser comuns de dois gêneros e até que ponto devem sofrer a flexão de gênero. Percebe-se, principalmente no que diz respeito aos nomes que denominam profissões ou cargos, que há uma necessidade de marcar o feminino.

Essa necessidade surge do uso. Como até há pouco tempo a mulher exercia poucas profissões, esses problemas não apareciam na língua, mas à medida que a mulher foi entrando no mercado de trabalho surgiram necessidades e as primeiras confusões.

São comuns de dois os substantivos "assistente" (o assistente/ a assistente), "estudante" (o estudante/ a estudante), mas já se aceita a flexão em "presidente" (o presidente/ a presidenta). Se "presidenta" não causa mais estranhamento, o que dizer das formas dicionarizadas "oficiala" e "sargenta"? O feminino de "cabo" seria, então, "caba"? Isso acaba com qualquer um. Mesmo porque certos femininos soam como pejorativos. "Chefa" é um bom exemplo.

Tipos de substantivos
Por que todo esse problema? Porque parece ser necessário associar gênero feminino a sexo feminino.
Confusões maiores surgem quando as formas femininas são idênticas aos nomes das ciências ou disciplinas. O músico/ a música, o químico/ a química, o gramático/ a gramática. "Música", "química", "gramática" são mulheres? Confuso, não é? Apela-se então para a sufixação: o músico, a musicista. Parece artificial? Cecília Meireles queria ser chamada de "poeta" e não de "poetisa"...  "
Então caros jovens, educadores,críticos em alguns blogs que tem criticado o fato da Sra. Dilma querer ser chamada de "Presidenta" e, continuam enviando o tipo de mensagem no final desta ,atentem para o que dizem os grandes entendedores da Língua Portuguesa e leiam um pouco mais,pois informação nunca é demais.

 Lembre-se também que o Dicionário Aurélio traz de forma clara o feminino de presidente como "presidenta", então vamos repassar a mensagem de forma correta, pois PRESIDENTA  está certíssimo e quem tiver dúvida consulte as gramáticas abaixo e estudem um pouco mais antes de sair assassinando a gramática por aí, só para criticar a presidenta.(Uma informação: não votei na Dilma e não estou defendendo-a,estou apenas passando a informação constante nas gramáticas quanto ao uso da palavra "presidenta")


Cf. CUNHA, Celso. Gramática Moderna. 2. ed. Belo Horizonte: Editora Bernardo Álvares S/A, 1970. p. 96.
 2Cf.RIBIERO, João. Gramática Portuguesa. 20. ed. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves, 1923. p. 158. 
3Cf.BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 19. ed., segunda reimpressão. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1974. p. 84.
 .NASCENTES, Antenor. O Idioma Nacional. 3. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1942. vol. II., p. 60
 5Cf.SACCONI, Luiz Antônio. Nossa Gramática. São Paulo: Editora Moderna, 1979. p. 32.
 6Cf.BARRETO, Mário. Fatos da Língua Portuguesa.2. ed. Rio de Janeiro: Organização Simões Editora, 1954. p. 188
.7Cf. OLIVEIRA, Édison de. Todo o Mundo Tem Dúvida, Inclusive Você. Edição sem data. Porto Alegre: Gráfica e Editora do Professor Gaúcho Ltda. P. 158
.8Cf. CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário de Dificuldades da Língua Portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. p. 330.
 9Cf.NISKIER, Arnaldo. Questões Práticas da Língua Portuguesa: 700 Respostas. Rio de Janeiro: Consultor, Assessoria de Planejamento Ltda., 1992. p. 58.
 10Cf. SILVA, A. M. de Sousa e. Dificuldades Sintáticas e Flexionais. Rio de Janeiro: Organização Simões Editora, 1958. p. 307. 
11Cf.OLIVEIRA, Cândido de. Revisão Gramatical. 10. ed. São Paulo: Editora Luzir, 1961. p. 133-134. 
12Cf. Academia Brasileira de Letras. Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa. 4. ed., 2004. Rio de Janeiro: Imprinta. p. 644.