Até pouco tempo atrás a Rio+20 era uma conferência da ONU à procura de um objetivo. Os países ricos não aceitavam a ideia de fazer um balanço do que foi feito nos últimos 20 anos, desde a Eco 92, no Rio - progressos na transferência de recursos financeiros e transferência tecnológica, se ocorreram, foram pífios. A discussão ambiental pura
não interessava ao mundo em desenvolvimento, que quer relacionar seu crescimento com a redução da pobreza. Para não ficar à deriva acordou-se pela pauta da
economia verde, que tem conceito elástico e pode servir a todos.
O saldo da conferência foi considerado positivo pelo chefe da delegação do Brasil na Rio+20, embaixador André Corrêa do Lago. “O principal é fazer com que o desenvolvimento sustentável se transforme em paradigma em todos seus aspectos - social, ambiental e econômico”, disse. Para autoridades brasileiras, é um avanço o compromisso de atrelar desenvolvimento sustentável à erradicação da pobreza em todo o mundo.
05 pontos positivos se destacaram:
Compromisso socioambiental
Não existe desenvolvimento sustentável sem um esforço para a erradicação da pobreza e a proteção ambiental. Esta talvez seja a afirmação mais importante do documento "O Futuro que Queremos". Introduz um novo aspecto, a preocupação com a miséria, numa discussão que anteriormente tinha uma dimensão mais econômica.
Novos padrões de produção e consumo
O compromisso é repetido diferentes vezes ao longo do documento. A ideia é que os países se comprometem a investir em direção ao desenvolvimento sustentável, estabelecendo melhores padrões até 2020.
Além do PIB
O compromisso é repetido diferentes vezes ao longo do documento. A ideia é que os países se comprometem a investir em direção ao desenvolvimento sustentável, estabelecendo melhores padrões até 2020.
Objetivos do Desenvolvimento Susténtável
Em 2015, acaba o prazo fixado pelas dez "Metas do Milênio"( Erradicar a pobreza extrema e a fome, Atingir o ensino básico universal,Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres,Reduzir a mortalidade infantil,Melhorar a saúde materna,Combater o HIV/AIDS, a malária e outras doenças,Garantir a sustentabilidade ambiental,Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento) propostas pela ONU para promover desenvolvimento ao redor do mundo. Na Rio+20, os países concordaram em adotar, a partir de então, novas metas globais para governos progredirem em indicadores sociais, ambientais e econômicos; serão os ODS.
Participação da sociedade
Seja dentro da própria conferência oficial, seja na Cúpula dos Povos, houve ampla participação da sociedade civil nas discussões sobre "O Futuro que Queremos". A série de Diálogos foi considera pela presidente Dilma Rousseff uma iniciativa inovadora, ainda que as propostas que saíram dos encontros fosse muito vaga.
Os 05 pontos considerados fracassos e acordos que poderiam ser firmados e não foram:
Problemas de estrutura
Delegados reclamaram de diversos problemas estruturais da Rio+20. Para chegar ao Riocentro, sede da conferência, perdia-se de 60 a 90 minutos de ônibus. Preços altos assustaram os estrangeiros, que também relataram muitas dificuldades de comunicação com brasileiros por causa da língua.
Ausência de líderes
A expectativa de que a Rio+20 não apresentaria resultados fortes acabou por esvaziá-la. Os principais líderes mundiais, incluindo os chefes de Estado e governo dos EUA, China, Rússia e da União Europeia, não vieram ao Rio. No dia da conclusão da conferência, a chanceler Angela Merkel apareceu comemorando a vitória da Alemanha sobre a Grécia na Eurocopa.
Direito das mulheres
Assegurada em outras documentos da ONU, a menção ao direitos reprodutivos das mulheres foi excluída da Rio+20 por pressão do Vaticano. Trata-se de um retrocesso significativa na luta das mulheres. A presidente Dilma Rousseff foi cobrada por feministas a respeito deste ponto.
Financiamento
De todos os espinhos da negociação, este era um dos mais importantes. A criação de um fundo de US$ 30 bilhões, destinado a financiar o desenvolvimento sustentável, foi rejeitado pelos países ricos e ficou de fora do documento final.
Falta de ambição
Há unanimidade quanto a esta crítica, seja de governantes, seja de ONGs. O Brasil, no comando das negociações, privilegiou o acordo, expurgando do texto os aspectos mais polêmicos, o que resultou numa declaração aquém das expectativas.
Fonte: Uol.com
Impactos positivos
Por que o mundo ficou melhor depois da Rio+20
Por André Trigueiro
"O vídeo do
Cidades e Soluções revela um esforço coletivo de reportagem para registrar – com todas as óbvias limitações inerentes à essa missão – o que de importante houve nos dias da Rio+20, especialmente nos eventos paralelos à cúpula dos chefes de Estado. De viva voz, as pessoas que participaram desses movimentos expressam os resultados alcançados. Esse mosaico de ideias e atitudes configura um dos mais belos retratos de como a sociedade civil organizada – e outras esferas de governo – não desperdiçou tempo no Rio.
Da mobilização dos prefeitos da C-40 ao programa Municípios Verdes no Pará.
Da espiritualidade contagiante de Leonardo Boff ao esmero tecnológico sustentável da dupla Imazon/Google.
Da erudição engajada de quem foi presidente (FHC) à forma esverdeada de fazer política de quem quase chegou lá (Marina).
Um formigueiro humano alastrou o vírus da “cidadania ecológica planetária” a partir do Aterro do Flamengo.
As mais incríveis e revolucionárias ideias foram transmitidas on line pelo do TedxRio+20 no Forte de Copacabana.
O consistente avanço do conhecimento científico na PUC.
Você pode até continuar achando que a Rio+20 não teve resultados importantes.
Mas o fato é que, a partir da Conferência, o mundo ficou melhor.
Se os governantes hesitam, há quem tome a dianteira e faça a diferença em favor de um mundo melhor e mais justo.
O mundo que nós queremos."
Caco de Paula, diretor do Planeta Sustentável
Conferência mundial sobre desenvolvimento sustentável gerou articulações, acordos e compromissos muito mais eloquentes do que os esperados documentos oficiais
A vantagem de se ver um jogo de futebol em comparação a acompanhar uma Conferência das Nações Unidas é que o jogo geralmente é muito mais divertido e seu resultado pode ser conhecido em apenas 90 minutos. As possibilidades de desfecho são apenas vitória de um dos dois ou empate. Uma conferência da ONU é um pouco diferente. Seu resultado mais visível é um documento oficial, que tende a ser muito cheio de dedos, já que precisa ser fruto de consenso entre representantes de quase 200 países. Daí a dificuldade de produzir acordos ousados, inovadores, à altura dos desafios do desenvolvimento sustentável. Essa dificuldade não justifica, contudo, a análise rasa com que alguns apressados se dispõem a acusar, julgar, condenar e sepultar a Rio+20 depois de cravar-lhe no peito a estaca do “grande fracasso”.
Essa análise apressada prefere ignorar que a conferência não fracassou, já que produziu um texto assinado por todos e aponta para novas condições de inovação. Ignora ainda que o valor de encontros globais desse tipo vai muito além do documento assinado por governos nacionais. Esse valor começa na própria mobilização e consciência que o encontro criou.
Se quisermos pensar em termos de “vitória” ou “derrota”, não seria difícil identificar vitória em um movimento que, em apenas um ano, fez com que o entendimento de escolhas sustentáveis, por parte do senso comum, saltasse da simplória imagem de alguém escovando os dentes com a torneira fechada para a compreensão mais ampla de temas e conceitos como energias renováveis, ciclos de vida de produtos, urgência de mudanças em padrões de consumo, distinção entre valor de uso e valor de troca ou de como certas práticas econômicas do passado pressionam os recursos naturais a ponto de inviabilizar o futuro.
Além – e por causa – desse avanço na compreensão dos conceitos, há ações práticas. Durante a Conferência realizaram -se vários eventos paralelos (citados acima por André Trigueiro) no Rio de Janeiro. Numerosas empresas, organizações não governamentais e administrações de grandes metrópoles foram muito mais ágeis, assertivas e avançadas do que as representações nacionais reunidas no encontro oficial. Só para citar alguns exemplos, um grupo de 40 megacidades fez um ousado acordo para reduzir suas emissões de gases causadores de efeito estufa, numa quantidade comparável a toda a emissão anual do México.
O setor empresarial, que 20 anos atrás esteve praticamente ausente da Rio-92, agora, durante a Rio+20, liderou a realização de compromissos voluntários, reconhecendo o valor do capital natural e comprometendo-se a usar os recursos naturais de forma responsável. Ao longo de quatro dias mais de 3 mil pessoas, representando cerca de 1500 empresas de 60 países, participaram de eventos do Global Compact – o braço da ONU para relação com a iniciativa privada – e produziram 220 compromissos. Um deles, proposto e difundido pela Rede Brasileira do Pacto Global, está sendo subscrito por centenas de empresas brasileiras, entre elas a Abril. Veja detalhes desse documento.
O número total de compromissos voluntários assumidos por empresas, governos e sociedade civil é de aproximadamente 700 e somam mais de 500 bilhões de dólares.
Houve ainda uma grande participação na chamada Cúpula dos Povos, no Aterro do Flamengo, por onde passaram mais de 350 mil pessoas entre os dias 15 e 22 de junho. Cerca de 14 mil ativistas brasileiros e de redes internacionais, assim como mais de 7 mil organizações não governamentais participaram de manifestações e expressaram um conjunto de opiniões, numa perspectiva geralmente crítica ao evento oficial. Existe, é claro, boa distância entre a expectativa gerada por uma conferência como essa e o seu resultado imediato. É preciso reconhecer que há críticas pertinentes ao grau de avanço obtido. E que serão argumentos da mesma natureza dessas críticas que darão rumo e velocidade às mudanças em direção a uma economia muito além do que verde, realmente inovadora e inclusiva.
Ainda que legítimas, algumas dessas críticas, quando exacerbadas, tornam-se uma das principais fontes do discurso de desqualificação da Rio+20. Há uma outra fonte, que é a trincheira do puro e simples conservadorismo. É o quartel general do “business as usual”, o negócio tal qual é hoje, que insiste em negar o reconhecimento do capital natural, na vã tentativa de eternizar as tais práticas econômicas do passado que ameaçam inviabilizar o futuro. Essa “crítica” baseia-se em crenças anticientíficas que negam as evidências do aquecimento global. Felizmente a influência desse discurso é declinante, principalmente junto a empresas sérias, cada vez mais conscientes, compromissadas e atuantes. Mas ainda causa algum estrago, como se viu na condenação e execução sumária da Rio+20.
Num contexto de crise econômica internacional, os governos estão mais contidos do que nunca. E, mais uma vez, a sociedade saiu na frente. Sejam representantes de grandes empresas ou de organizações ligadas à defesa da natureza, várias lideranças reconhecem o avanço obtido pelo grande encontro global, para além dos acordos entre países. A Rio+20 é um processo de mudança para um contrato social que faça mais sentido do que o contrato atual, com cidades paralisadas por excesso de meio de transporte, como se essa situação fizesse parte de uma fórmula que não pode ser questionada ou melhorada. Como se fosse aceitável considerar glamouroso o mais belo design industrial que em algum ponto de sua cadeia incorpora trabalho escravo ou joga a conta na destruição da biodiversidade.
Não se trata, como disse Marina Silva num dos encontros, de, adotar uma atitude otimista ou pessimista. “Trata-se de ser perseverante”.
Fotos: Diego Blanco/UNIC Rio, Divulgação/Vera Sayão, Fábio Nascimento, Paulo Marcos
Em seu discurso para a Assembleia Geral, Ki-moon apontou sete destaques do documento O Futuro que Queremos, acordado pelos chefes de estado presentes no Riocentro, e mencionou importantes compromissos firmados no período em que aconteceu a Rio+20.
Abaixo, a fala
de Ban Ki-moon na íntegra:
“Obrigado por me convidarem a falar hoje. Voltei no sábado [23/6] da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. Imediatamente antes, eu estava em Los Cabos, no México, para a Cúpula do G20. Em Los Cabos, encorajei os líderes a se concentrarem em reduzir a pobreza, criar empregos e priorizar o desenvolvimento sustentável. E, no Rio, vi que os governos do mundo estão preparados para fazer exatamente isso. Cheguei com a notícia de que o documento final da Rio+20 – O Futuro que Queremos – havia sido acordado. Isso representa uma vitória importante para o multilateralismo depois de meses de difíceis negociações.
Eu agradeço à Presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, e sua equipe pela liderança e pela diplomacia que nos trouxe a esta conclusão frutífera. Agradeço também aos muitos membros da Assembleia Geral cujos negociadores estavam trabalhando dia e noite com um senso de flexibilidade e compromisso. E também agradeço ao Subsecretário-Geral Sha Zukang e sua equipe, que tem trabalhado como Secretário-Geral da Conferência e que fez desta Conferência Rio+20 um grande sucesso.
Excelências, deixe-me ser claro. A Rio+20 foi um sucesso. No Rio, vimos a evolução de um movimento global inegável para a mudança. Mais de 100 Chefes de Estado ou de Governo estiveram representados na Conferência. Muitos outros envolvidos diretamente a partir de suas capitais. E a sociedade civil e o setor privado tiveram um papel sem precedentes. O essencial da Rio+20 é o documento final. Isso fornece uma base sólida para construir um futuro sustentável. Há muitos destaques sobre O Futuro que Queremos – muitos para listar aqui – então deixe-me selecionar apenas sete.
Primeiro – e mais importante –, a Rio+20 renovou e reforçou o compromisso político para o desenvolvimento sustentável. Equilibrou as visões de 193 Estados-Membros das Nações Unidas e reconheceu a pobreza como o maior desafio para o bem-estar econômico, social e ambiental.
Em segundo lugar, vocês – os Estados-Membros – concordaram em lançar um processo para estabelecer objetivos universais de desenvolvimento sustentável, ODS [Objetivos de Desenvolvimento Sustentável]. Os ODS estarão baseados em nossos avanços no âmbito dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio [ODM], e eles serão parte integral do quadro de desenvolvimento pós-2015. O Sistema das Nações Unidas vai trabalhar em estreita colaboração com os Estados-Membros para desenvolver os ODS e as ferramentas que precisamos para medir o seu sucesso.
Em terceiro lugar, o documento enfatiza a importância da igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres. Esta é uma prioridade importante para mim. É fundamental para o desenvolvimento sustentável. Recomendo aos Estados-Membros que enfatizem esta importante questão.
Em quarto lugar, as parcerias. Os governos permanecem no centro. Mas sabemos que os governos sozinhos não podem fazer o trabalho. Precisamos da participação ativa e apoio de todos os principais grupos da sociedade civil, incluindo o setor privado. Para o meu segundo mandato, identifiquei as parcerias como um meio central de alcançar nossos principais objetivos. Nossas parcerias sobre a saúde das mulheres e das crianças, segurança alimentar e nutricional, e Energia Sustentável para Todos estão tendo um impacto crescente.
Em quinto lugar, o documento final concorda em fortalecer a arquitetura para apoiar ações internacionais para o desenvolvimento sustentável. Isto inclui o estabelecimento de um fórum político de alto nível sobre o desenvolvimento sustentável e do fortalecimento do Programa da ONU para o Meio Ambiente [PNUMA].
Em sexto lugar, a Rio+20 adotou um quadro de dez anos de Programas sobre o Consumo e a Produção Sustentáveis. Além disso, o documento final reconheceu a necessidade de ir além do produto interno bruto [PIB] como uma medida do progresso, e reconheceu o papel que a economia verde pode desempenhar na redução da pobreza, no crescimento econômico e na preservação ambiental. O Sistema das Nações Unidas tem uma experiência considerável neste domínio e está pronto para trabalhar com todos os Estados-Membros que desejam explorar as opções da economia verde.
Em sétimo lugar, a Rio+20 reconheceu o direito à alimentação e a importância da segurança alimentar e nutricional para todos. Reconheceu que estes podem ser alcançados através da agricultura e dos sistemas alimentares sustentáveis. Na Rio+20, lancei o Desafio Fome Zero. Trabalhando com governos, sociedade civil, empresas e parceiros de desenvolvimento, pretendemos proporcionar um melhor acesso a alimentos nutritivos para todos. Queremos acabar com a desnutrição infantil, promover sistemas alimentares sustentáveis, aumentar a produtividade dos pequenos agricultores e parar a perda e o desperdício de alimentos.
Excelências, Senhoras e Senhores, se o documento final é a base para a próxima fase da nossa jornada para o desenvolvimento sustentável, os compromissos anunciados no Rio são os tijolos e o cimento. Eles serão um legado concreto e duradouro da Rio+20. Eles nos ajudarão a implementar a nossa visão em todas as regiões.
Mais de 700 compromissos foram registrados. Entre eles estão os compromissos em matéria de transporte sustentável de oito bancos multilaterais, liderados pelo Banco Asiático de Desenvolvimento. Outro grande destaque dos compromissos é a Energia Sustentável para Todos. Energia é o fio dourado que liga inclusão, desenvolvimento social e proteção ambiental. Mais de um bilhão de pessoas serão beneficiadas de compromissos públicos e privados para uma Energia Sustentável para Todos nas próximas duas décadas. Mais de 50 governos estão avançando, com outros se unindo todos os dias.
Mas os compromissos do Rio não param por aí. A Iniciativa de Sustentabilidade na Educação Superior atraiu centenas de apoiadores e compromissos de 250 universidades em cerca de 50 países. Esta iniciativa é transformadora, de alcance global e poderá chegar a milhares de graduados das universidades e escolas de negócios. E não nos esqueçamos das 64 milhões de ações individuais trazidas pela iniciativa “Ações Voluntárias Contam”, liderada pelos Voluntários das Nações Unidas. Esta é uma prova notável do compromisso crescente e de base. É mais uma demonstração de como a Rio+20 está mobilizando um movimento global para a mudança.
A Rio+20 foi também a primeira Conferência da ONU que se concentrou em atrair as pessoas em todo o mundo por meio das redes sociais. Centenas de milhões de pessoas de todo o mundo se uniram à conversa ‘online’ para compartilhar suas visões para o futuro e exigir ação. E a conversa continuará. O mundo está assistindo e manterá a todos nós como responsáveis perante os compromissos assumidos no Rio de Janeiro.
Excelências, imediatamente antes da Rio+20, o Governo do Brasil ajudou a organizar a Cúpula dos Povos. Eu conheci os seus representantes no último dia da Conferência, e escutei suas preocupações. A Cúpula dos Povos nos lembra que a Carta das Nações Unidas começa com as palavras “Nós os povos”. O desenvolvimento sustentável é sobre pessoas – o bem-estar dos indivíduos, famílias, comunidades e nações.
A Rio+20 nos deu uma nova chance. Não foi um fim, mas um novo começo – um marco em uma jornada essencial. A Rio+20 reafirmou princípios essenciais para o desenvolvimento sustentável. Deu-nos avanços em uma série de questões setoriais e institucionais. E trouxe novos compromissos a partir de uma ampla gama de parceiros.
Excelências, Senhoras e Senhores, agora começa o trabalho. Nós temos as ferramentas. Vamos usá-las para tornar este mundo sustentável para todos. Obrigado.”
Fonte: Blog Rio+20/Planeta Sustentável
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