sábado, 31 de março de 2012

31 DE MARÇO DE 1964 - O GOLPE QUE FEZ O BRASIL MERGULHAR NA DITADURA

         Golpe de Estado no Brasil em 1964

A Revolução Democrática de 1964 designa o conjunto de eventos ocorridos em 31 de março de 1964 no Brasil, e que culminaram no dia 1 de abril de 1964, com uma revolução popular que encerrou o governo do presidente João Belchior Marques Goulart também conhecido como Jango. Entre militares brasileiros o evento é designado como Revolução de 1964 ou Contrarrevolução de 1964
Jango havia sido democraticamente eleito vice-presidente pelo Partido Trabalhista Brasileiro(PTB) – na mesma eleição que conduziu Jânio da Silva Quadros do Partido Trabalhista Nacional (PTN) à presidência, apoiado pela União Democrática Nacional (UDN).
O golpe estabeleceu um regime alinhado politicamente aos Estados Unidos da América e acarretou profundas modificações na organização política do país, bem como na vida econômica e social.
Todos os cinco presidentes militares que se sucederam desde então declararam-se herdeiros e continuadores da Revolução de 1964.
O regime militar durou até 1985, quando Tancredo Neves foi eleito, indiretamente o primeiro presidente civil desde 1960
O golpe militar no dia 31 de março de 1964 fez o Brasil mergulhar em 21 anos de ditadura
O golpe militar de 31 de março de 1964 foi o mais longo período de interrupção democrática pelo qual passou o Brasil durante a República. Qualificado pela história como "os anos de chumbo", o período da ditadura foi marcado pela cassação de direitos civis, censura à imprensa, repressão violenta das manifestações populares, assassinatos e torturas.
O historiador e cientista político da Universidade de Brasilia (UnB), Octaviano Nogueira, afirmou que o golpe de 1964 resultou no mais duro período de intervenção militar na democracia entre tantos outros desencadeados no decorrer da história republicana. “Entre 1964 e o início dos anos 70 estava em curso o período mais duro da repressão militar”, disse Nogueira.
Segundo ele, 1964 começou, na verdade, quatro anos antes, com a renúncia de Jânio Quadros, do PTN- um partido de direita -, em 1961, sete meses após sua posse. Apoiado por uma ampla coligação, a renúncia deixou um vácuo de poder, uma vez que seu vice, João Goulart, do PTB - um partido de esquerda -, era visto com desconfiança pelas Forças Armadas.
Para garantir a posse de João Goulart e evitar um golpe militar, o então governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola (PTB), desencadeou a Campanha da Legalidade, que reivindicava a preservação da ordem jurídica e a garantia de posse do vice-presidente que retornava de uma viagem oficial à China. Do porão da sede de governo gaúcho, Brizola fazia pronunciamentos à nação.
“Na verdade, João Goulart ocupou o poder para tapar buraco, uma vez que era o vice de Jânio Quadros. Ele sempre foi um latifundiário e conservador, mas mantinha um discurso de esquerda herdado de Getúlio Vargas, sem nunca concretizar suas propostas”, afirmou o professor.
Com o decorrer do tempo, ameaçado por greves constantes, sem o apoio da imprensa e de parcela significativa da sociedade, os militares depõem Goulart. Em 31 de março de 1964 o general Olímpio Mourão Filho deslocou 3 mil soldados do Destacamento Tiradentes, de Belo Horizonte, em direção ao Rio de Janeiro para consolidar o golpe de Estado que garantiria aos militares 21 anos de governo.

O marechal Castello Branco assumiu a Presidência da República e João Goulart se exilou no Uruguai. Coube ao sucessor de Castello Branco, o marechal Artur da Costa e Silva iniciar o processo radicalização do regime a partir da edição do Ato Institucional nº 5 (AI-5) que deu ao Executivo poderes para fechar o Congresso Nacional, cassar o mandato de políticos e legalizar a repressão aos movimentos sociais. Foram os anos mais duros da ditadura militar, com mortes e torturas de militantes políticos que lutaram pela volta de democracia.
Os militares começaram a ceder à pressão da sociedade organizada pela restituição da democracia em 1978, no quarto governo militar, que tinha como presidente o general Ernesto Geisel. Coube a ele instituir o processo de “abertura política lenta e gradual", relatou certa vez à o ex-senador Marco Maciel (DEM-PE), quando ainda ocupava uma cadeira no Senado.
Pela Emenda Constitucional nº 11, promulgada pelo Congresso Nacional em 13 de outubro de 1978, foram revogados todos os atos institucionais e garantida a imunidade parlamentar, lembrou Marco Maciel, à época integrante da Aliança Renovadora Nacional (Arena) partido que apoiava o regime. A aprovação da Lei da Anistia, no entanto, caberia ao general João Baptista Figueiredo, último presidente militar. A anistia que deveria restituir os direitos políticos dos perseguidos pela ditadura, acabou favorecendo também os militares.
O governo de Figueiredo foi marcado por uma série de atentados terroristas promovidos pelo Estado, como explosões de bancas de revistas, uma bomba enviada à sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a frustrada tentativa de explodir uma bomba no showcomemorativo ao Dia do Trabalho, no Riocentro, em 30 de abril de 1981.
Em 1984 a pressão popular ganhou as ruas pedindo eleições diretas para presidente, com o movimento conhecido como Diretas Já. Porém, com a derrota da Emenda Dante de Oliveira, que instituía as eleições diretas para presidente da República em 1984, Tancredo Neves foi o nome escolhido para representar uma coligação de partidos de oposição reunidos na Aliança Democrática.

Em 1985, Tancredo Neves é eleito, mas morre antes de tomar posse. Em seu lugar assume o vice-presidente José Sarney, atual presidente do Senado, que governou o país por cinco anos.
A transição democrática, na opinião do cientista político da UnB, foi concluída em 1990 com a posse do primeiro presidente eleito pelo povo, Fernando Collor de Mello, que acabaria renunciando para tentar evitar o impeachment. O vice-presidente Itamar Franco, assumiu o governo. Ele foi sucedido por Fernando Henrique Cardoso (PSDB) que teve dois mandatos. Depois, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) governou o país por oito anos, o que, consolidou a democracia brasileira, com a chegada de Lula, um operário, ao poder.
 
fonte : ebc/ Wikipédia
























































Fonte: News Rondônia        


sexta-feira, 30 de março de 2012

Redação precisa ter título?????

"Em grandes vestibulares, o título  não costuma ser motivo para descontos de pontuação, segundo a professora do laboratório de redação do Objetivo, Maria Aparecida Custódio. “Na Fuvest, por exemplo, há redações que receberam dez e não tinham título. Quando um candidato faz um bom texto, a ausência de título mostra só um esquecimento”, diz.

Para ela, uma dica é fazer um título a lápis,  na folha de respostas. “Assim, o candidato não corre o risco de esquecer”. O título, segundo Maria Aparecida, deve provocar impacto e mostrar criatividade, sem repetir o tema proposto pela banca.

Para o professor do Anglo, Eduardo Antônio Lopes, mesmo não sendo obrigatório para grandes processos seletivos, fazer aquele esforço por um título criativo. “O título mesmo não sendo obrigado sempre  destaca o que tem de mais importante e atrai leitores. Pode até ajudar na coesão, unidade e coerência do texto”, afirma. No entanto, pondera: “Se o candidato não tiver aquela idéia boa e se o processo seletivo não pedir, o título é indiferente”.


"A redação nos grandes vestibulares pode eliminar muito candidato. Na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), por exemplo, ela já aparece na primeira fase e seleciona os estudantes com melhor expressão. Pensando nisso, a professora Maria Aparecida Custódio, do curso Objetivo, explicou no chat do G1  o que é fundamental num texto. Confira as dicas principais para se dar bem na prova.



E vale o recado da professora: “Nunca se esqueça de fazer um rascunho da redação, resolver as questões da prova e, depois, voltar ao rascunho. Assim, você vai ter as idéias mais claras. E lembre-se de que a leitura é que faz um bom escritor”.


  Quais são os erros mais comuns nas redações de vestibular?
Os erros mais comuns são de inadequação ao tema. Por isso, o candidato deve ficar atento ao assunto cobrado. O tipo de texto também costuma ser confundido: normalmente é uma dissertação, mas há candidatos que fazem narração ou poesia. Por último, é preciso tomar cuidado com o uso da linguagem oral, que desqualifica o vestibulando.


  Depois do surgimento da internet a qualidade dos textos dos vestibulandos piorou ou melhorou?
Não piorou. O cursinho tem pesquisas que mostraram que o aluno que adquire o padrão culto na escola sabe separar a linguagem do cotidiano e a linguagem culta. Há quem use a linguagem informal e misture no vestibular, mas é raro.


  Existe algum tipo de técnica para melhorar a redação?
A leitura de textos diversificados pode ajudar. Valem textos de jornais, revistas, clássicos da literatura, tiras, gibis, filosofia, mitologia. Quanto maior o repertório cultural, maior a possibilidade de fazer uma redação diversificada. Além da leitura, vale fazer cópia dos editoriais de jornais. Eles são textos dissertativos e com eles você apreende a estrutura. Outra coisa importante é entrar no site da universidade para a qual você se inscreveu e ver os temas das redações de vestibulares anteriores.(na prova do enem verifique os temas anteriores)


  Que estruturas devem ser evitadas na redação?
Tudo o que foi consagrado pelo uso popular não é apropriado para o texto escolar. O clichê –como "colocar tudo em pratos limpos" ou "se melhorar, estraga"- facilitam a comunicação, porque economizam o tempo. Mas o vestibular requer um outro padrão de língua. Se o estudante usar o clichê, vai mostrar que tem vocabulário reduzido e enfraquece o texto.


  Citações podem ser usadas? Fazer analogias e comparações é correto?
Elas são um recurso legítimo e pertinente, desde que não forcem a barra. Muitos candidatos decoram citações de cientistas e pensadores e usam isso gratuitamente, o que é ruim. Mais de uma citação também deve ser evitada. As analogias funcionam bem quando permitem elucidar a questão. São recursos legítimos.


  Como ser inédito na prova sem correr riscos?
Muitas universidades buscam um tipo específico de originalidade na montagem das ideias, por exemplo. Também consideram os elementos que o candidato coloca como os de maior relevância no texto. A banca espera marcas de autoria e o vestibulando deve se envolver no texto com seu próprio repertório. Quando a banca pede um "olhar novo sobre o tema", o candidato deve recorrer à memória, e buscar o que tenha relação com o tema.


  Como descubro temas prováveis de aparecerem nas provas?
Você pode pesquisar a tendência do vestibular no site da universidade para a qual você se inscreveu. Isso pode dar uma idéia do formato ou estilo de prova, não do assunto. A Fuvest tem proposto temas abstratos, como amizade, por exemplo. Assim você pode treinar com aqueles temas mesmo, usados nos anos anteriores.


  Para um texto de 25 linhas quantos argumentos devemos usar?
Depende do tamanho da introdução e da conclusão. Se você gastar quatro ou cinco linhas em cada, deve explorar no máximo três argumentos, não mais do que isso. Não é possível listar uma série de argumentos sem se aprofundar em nada.


  Muita informação em um texto dissertativo pode prejudicar?
Com certeza. O que é avaliado não é a quantidade de informação que você tem sobre o assunto. O ideal é selecionar os melhores argumentos, mais úteis e apropriados ao projeto de texto.


  O uso de termos estrangeiros (do economês, do internetês) é aceitável numa redação?
Os termos estrangeiros devem ser evitados, caso já exista algum em português. Se não houver equivalente, recorra a eles, mas entre aspas. E terminologias muito específicas devem ser evitadas.


  Dissertar sobre um tema político sob uma ideologia compromete a redação?
Em um primeiro momento, todos os vestibulares afirmam que o candidato pode se posicionar como quiser, mas eles não são aceitam radicalismos. É preciso tomar cuidado com texto planfetário. Já caiu o neo-nazismo e neo-fascismo no vestibular, e certamente, o texto que defendeu essas ideias foi eliminado por ir contra os direitos humanos.


  Colocar título nos textos é imprescindível? É verdade que muitos vestibulares descontam pontos de redações sem título?
O que se percebe é que muitos candidatos esquecem do título e tiram nota máxima. O título, de modo geral, não é tão importante (já explicado no inicio da matéria). Mas pode acontecer de cobrarem título em alguns vestibulares.


  Em uma dissertação é necessário colocar o lado positivo e o negativo do assunto?
Não há essa obrigatoriedade. Se você resolver, no seu texto, falar dos dois aspectos, precisa ter um espaço para expôr o seu ponto de vista. Não se isente jamais. A sua forma de pensar é o que a banca examinadora quer conhecer.


  Como demonstrar erudição na redação e não parecer estar apenas floreando?
Não fazendo uso de vocabulário pomposo, artificial, arcaico. Use a linguagem de padrão culto, mas de um estudante recém saído do ensino médio. A erudição é mostrada com as fontes a que você recorre, como livros e filmes, por exemplo.

  O que posso fazer para não ter um "branco" na hora de pensar o que vou escrever na redação?
O importante é ler atentamente o enunciado da banca. Você vai sublinhar as palavras-chave e, ao lado do texto do enunciado, vai escrever com suas palavras o que entendeu. Depois disso, perceba a relação entre os textos, para que você identifique qual é o tema.

É importante fazer um esboço ou rascunho antes de resolver as outras questões da prova, e aí, quando você volta para a redação, melhora o rascunho, lê o enunciado de novo, faz uma revisão da parte de estrutura e ortografia e passa o texto a limpo."



Como Criar um Título para Redação

Redação — Escrito por Enem Virtual 
 
Você costuma ler jornais ou revistas? Se sim, o que lhe atrai para a leitura de um determinado texto? Sem dúvida é o título que o leva a se interessar pelo restante da matéria. O título não só define o conteúdo do texto, como também cria a expectativa no leitor do que esperar do artigo apresentado.
Normalmente as provas de redação não obrigam o uso de título, porém a criação de um título é recomendável para que o examinador já tenha uma breve idéia do conteúdo de seu texto logo no início da leitura.


Não use apenas um título qualquer, mas um bom título, de preferência não muito longo e que represente bem aquilo que seu texto expressa.  Certifique-se que seu título esteja muito bem relacionado com o conteúdo de sua redação. Use títulos atraentes; se coloque no lugar do examinador, pense se você acharia interessante ler uma redação com título que você deu para a sua.

Analise se o título tem a ver com o restante da redação aos olhos do examinador. Às vezes ele parece óbvio para você, mas sem nenhum sentido para quem for fazer a correção.
Uma boa dica, é só colocar o título após a conclusão da redação. Leia seu texto do começo ao fim e encontre uma palavra ou frase chave na qual toda sua redação poderia se resumir. Trabalhe essa palavra ou frase de modo que encontre um título bom e coerente.

Passos para se Criar um Título para a Redação

  1. Defina os 3 pontos principais do seu texto
  2. Leia o texto e anote os pontos que lhe chamam mais a atenção
  3. Como leitor, sobre o que se resume a idéia central do seu texto
  4. Escreva um título que defina a idéia central de sua redação

sábado, 17 de março de 2012

Quem foi Aziz Ab'Saber?

Aziz Nacib Ab'Sáber, pesquisador da USP foi um  dos maiores especialistas em geografia física do país, bem como tinha uma voz ativa nos debates sobre biodiversidade e preservação ambiental, morreu na manhã de ontem, às 10h20, em São Paulo. Ele tinha 87 anos. Considerado referência em assuntos relacionados ao meio ambiente e impactos ambientais decorrentes das atividades humanas foi um cientista polivalente, laureado com as mais altas honrarias da ciência em arqueologia, geologia e ecologia - Membro Honorário da Sociedade de Arqueologia Brasileira, Grão Cruz em Ciências da Terra pela Ordem Nacional do Mérito Científico, Prêmio Internacional de Ecologia de 1998 e Prêmio Unesco para Ciência e Meio Ambiente - foi Professor Emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, professor honorário do Instituto de Estudos Avançados da mesma universidade e ex-presidente e atual Presidente de Honra da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. Embora tenha se aposentado compulsoriamente no final do século XX, ainda mantinha-se em atividade, até o seu falecimento.

Filho de um mascate libanês e de uma brasileira de São Luiz do Paraitinga é criado em meio aos roceiros dos quais sua mãe era filha, se muda para São Paulo pouco antes de ingressar na USP no curso de Geografia e História aos dezessete anos, assumindo sua primeira função pública como jardineiro da Universidade, enquanto dava continuidade a sua formação com cursos de especialização.

Trabalhou durante vários anos como professor do ensino básico. Posteriormente lecionou na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e finalmente na Universidade de São Paulo.

Iniciou suas pesquisas na área de geomorfologia e logo passou a incorporar conceitos de diferentes áreas do saber.

Desenvolveu centenas de pesquisas e tratados científicos, dando contribuições importantes para a ecologia, biologia evolutiva, fitogeografia, geologia, arqueologia, além da geografia. Dentre algumas dessas múltiplas contribuições, estão estudos que corroboram a descoberta de petróleo na porção continental na Bacia Potiguar e a coordenação da criação dos parques de preservação da Serra do Mar e do Japi. Os temas abordados incluem exaustivas classificações e levantamentos nos domínios morfoclimáticos e dos ecossistemas continentais sul-americanos, reconstituição de paleoclimas sul-americanos, estudos de planejamento urbano aerolar, pesquisas de geomorfologia climática sul-americana, elaboração de modelos explicativos para a diversidade biológica neo-tropical - Redutos Pleistocênicos - além de estudos sobre rotas de migração dos povos pré-colombianos sul-americanos. Atuou também com medidas para preservação do patrimônio histórico - tombamento do Teatro Oficina) - e teorias da educação, com o fim de incluir currículos setoriais em grades de ensino regionais e nacionais.

Veja um pouco no pensamento de AZIZ na entrevista ( concedida para a revista National Geographics) abaixo:

POR DANTE GRECCO FOTO DE BOB WOLFENSON


Por que o senhor afirma que o aquecimento global não destruirá a Amazônia nem a mata Atlântica?
Houve muito alarmismo nessa questão. Embora algumas afirmações tenham sido feitas por bons cientistas, muitas conclusões foram divulgadas de forma equivocada. Logo me irritou a afirmação de que a Amazônia desaparecerá e o cerrado tomara conta de tudo. Como há décadas estudo o problema das flutuações climáticas e o jogo do posicionamento parcial dos grandes domínios geográficos brasileiros, senti-me ofendido culturalmente. Não havia ciência na afirmação.
Sua teoria envolve uma mudança fundamental nas correntes marítimas, certo?
Em nosso litoral existe a chamada corrente tropical sul- brasileira. É uma corrente de águas quentes que desce desde o Nordeste oriental até o sudeste de Santa Catarina. Essa corrente tem um contrafluxo representado pela corrente das Malvinas, ou Falklands, que vem da Argentina, é composta de águas muito frias e segue quase até o Rio Grande do Sul. Uma das consequências do aquecimento global é que essa corrente tropical sul-brasileira ficará mais larga, ocupará uma área mais afastada da costa e irá avançar mais para o sul do Brasil sobre a corrente fria. Portanto, essa corrente quente levará mais calor para as regiões localizadas entre a Argentina, o Uruguai e o Rio Grande do Sul, que hoje vivem um conflito entre águas frias e quentes. Com essa massa de água quente que chegará, a evaporação será mais intensa. Podemos deduzir que vai haver maior penetração de umidade no continente.
O que isso significará?
Com maior umidade, choverá mais. Por isso, nesse caso o aquecimento global maior representará um aspecto negativo do ponto de vista da climatologia, da fachada atlântica do Brasil. Portanto, não se pode dizer que a mata Atlântica será atingida por ele. Ao contrário. A tendência é que tanto a mata Atlântica como a Amazônia cresçam, e não que sejam reduzidas. Isso já aconteceu a antigamente, num período entre 6 mil e 5 mil anos atrás chamado de optimínum climático. Naquela época também houve um aquecimento do planeta, mas foi natural, e não causado pelo acúmulo dos gases na atmosfera, como hoje.
O que houve naquela época?
Entre 20 mil e 12 mil anos atrás, o planeta passou por um periodo de glaciação. Devido ao congelamento de águas marinhas nos polos Norte e Sul, o nível dos oceanos era cerca de 90 metros mais baixo do que o registrado hoje. Depois disso, por volta de 11 mil anos atrás, houve um período de transição entre um clima frio e um mais ameno e ocorreu um ligeiro aquecimento da Terra. O frio intenso deu lugar a um clima mais tropical, como ocorria antes da glaciação. Com isso, as grandes manchas de  floresta, que haviam ficado distantes umas das outras naquele clima frio e seco, cresceram e se emendaram. A esse processo, que aconteceu principalmente da costa brasileira, eu dei o nome de retropicalização.
E o que aconteceu depois?
O planeta continuou a esquentar, embora houvesse variações de temperatura para cima ou para baixo. Com isso, boa parte do gelo que estava concentrado nas regiões polares se derreteu. O auge desse aquecimento se deu entre 5 mil e 6 mil anos atrás, no optimum climático.
O aquecimento foi tal que o nível dos oceanos se elevou cerca de 2,90 metros acima do registrado hoje. Em minha interpretação, quando o mar subiu em consequência daquele aquecimento do planeta, ele trouxe mais umidade para dentro do continente. Houve nuais chuvas, o que favoreceu a continuidade das florestas. O optimum é uma fase da história climática do mundo que vários cientistas e o próprio IPCC não consideraram. Como naquele periódo nem a mata Atlântica nem a Amazónia desapareceram do mapa, não é certo dizer que até 2100 a Amazónia vai virar cerrado. O problema não é o que acontecerá daqui a 90 anos, e sim o que ocorre hoje.
Por quê?
A região amazônica tem 4 milhões de quilômetros quadrados e. em menos de 25 anos, perdeu 500 mil quilômetros quadrados de florestas. Isso significa que uma área equivalente a duas vezes o estado de São Paulo já foi destruida. É muita coisa. Ou seja, hoje a Amazónia está tendo problemas de savanização devido à  ação antrópica. Ocorrem desmatamentos ao longo das rodovias, dentro das selvas e junto das chamadas espinhelas de peixe, nome que os amazônidas dão aos imensos quarteirões ocupado por especuladores, os quais se mudaram de lá e venderam pedaços da mata a pessoas de muito longe que imaginaram ter uma fazendinha na região. Depois, essas pessoas liberaram as terras para os madeireiros, que arrasaram com tudo.
O senhor tem alguma outra divergência em relação ao que foi divulgado sobre o aquecimento global?
Sim. Uma coisa é o aquecimento global, outra é sua continuidade ou não ao longo dos anos. Os cientistas dizem que vai ser sempre assim. O planeta ficará cada vez mais quente. Com isso, o calor provocará mais derretimento de geleiras, o   que aumentará ainda mais o nivel do mar. E assim sucessivamente. Esse raciocínio é muito simplista. Não temos como saber nos próximos anos como o mar vai subir.  Portanto, também não temos como avaliar quanto ele irá se elevar daqui a 100 ou 200 anos. Nesse periodo os continentes podem até abaixar mais e as águas do mar, inundar zonas costeiras bem maiores. Ou o contrário. Eles podem subir, como ocorreu depois do Plioceno. E com isso o mar irá recuar drasticamente, eu fiz os cálculos para 10, 50 e 100 anos. E depois parei. Ainda há a questão das diferenças entre as marés baixa e alta. Na costa do Maranhão, por exemplo, essa diferença é de 8 metros. Tudo isso não foi considerado.
Mas não se pode negar que uma das piores conseqüências do aquecimento global será o aumento do nível das águas do mar.
A ascensão do nível das águas dos oceanos provocada pelo derretimento das geleiras polares e das glaciares das altas montanhas vai criar graves problemas na Zona costeira do Brasil. São 8 mil quilômetros de litoral. A água deverá invadir diversas cidades litorâneas, como Santos, Rio de Janeiro e Recife entre outras, criando mini-Venezas. Será preciso fazer pontes e diques na frente das praias e nas margens dos rios. A água vai também tomar conta das barras dos rios e alagar planícies rasas e manguezais, com prejuízos ambientais e econômicos.
O que o senhor sugere, diante do problema atual?
Disso tudo eu tirei uma conclusão. Primeiro, é preciso reduzir a emissão de gases particulados na atmosfera para mitigar o efeito estufa. Que fique bem claro que eu não discuto o aquecimento global. Depois, devem-se acompanhar os fatos ao longo de um certo espaço de tempo para avaliar todas as variações. A seguir, é fundamental um bom planejamento para evitar maiores conseqüências sobre as regiões costeiras, que serão as áreas mais atingidas. O extremo sul do Brasil, por exemplo, vai ser pouco afetado, já que, com a suspensao das águas, deve acontecer o que ocorreu durante o optimum climático. A corrente maritima quente irá descer mais para o sul, levando maior umidade e, conseqüentemente, mais chuva para o interior do território.
Em junho, iniciaram-se as obras da transposição das aguas do rio São Francisco. em Cabrobó. em Pernambuco, O senhor crê que ela vai matar a sede da população do Nordeste seco?
Fala-se que essa obra beneficiará cerca de 12 milhões de pessoas. Não acredito. Ela vai beneficiar principalniente os pecuaristas. O mais triste é que os donos das fazendas nem moram lá, mas sim em capitais como Fortaleza e Recife. A região do São Francisco é muito complexa. No Nordeste chove muito no verão e pouco no Inverno, embora digam o contrário. É evidente que o Nordeste seco vai precisar de mais água quando o no São Francisco, que passa em grande parte pelo cerrado de Minas Gerais e da Bahia, estiver mais baixo. Será justamente nessa época que o rio precisará jogar mais água para os eixos norte e leste que serão construidos até ela cair no açude de Orós. Aí surge um problema. As águas do São Francisco são poluidas e vão se  encontar com águas salínizadas do próprio açude. Ou seja, nessa época será preciso fazer uma transposição de águas maior do que a planejada.
Como assim?
Quem é a favor da transposição diz que o rio vai perder apenas 1,4% de suas águas após o término das obras. Mas é claro que no futuro essa porcentagem deve aumentar. Ou seja, serão transferidas mais águas do rio para os futuros eixos que vão ser construídos. Outro problema será manter as usinas hidrelétricas de Paulo Afonso, ltaparica e Xingó funcionando. Então, a época em quee o rio receberá menos água vai ser a mesma em que ele deverá enviar águas para além da chapada do Araripe. Isso é uni contra-senso, pois, quando estivesse chovendo lá, não seria preciso enviar água para a mesma região.
Quais são os impactos ambientais que a transposição pode causar?
Talvez o principal seja a poluição das águas. Vários afluentes do São Francisco vêm de Belo Horizonte, uma das maiores cidades do Brasil, e passam pela região industrial sidero-metalúrgica. Um deles é o rio das Velhas, por exemplo. O São Francisco tem 2 170 quilómetros de extensão. Imagine a poluição que ele cartega nessa distáncia. Técnicos disseram que iam revitalizá-lo antes de fazer a transposição. Outro erro, pois não se pensou naqueles que têm só as margens do rio para plantar, como na zona semiárida das cidades de IIbotirama, Barra e Xique-Xique, na Bahia. Com a revitalizaçãoo, eles perderão esses espaços.
Qual á a sua opinião sobre a afirmação do presidente Lula, em maio, de que os usineiros de cana são “uns heróis”?
Heróis são os cortadores de cana, que levam uma vida quase de escravo, e não os donos da terra. Por que o presidente Bush veio a São Paulo e não foi a Brasília? Porque os Estados Unidos sabem que o interior de São Paulo sempre teve culturas agronômicas importantes, hoje controla as maiores plantações de cana-de-açúcar do Brasil e que o etanol de cana vem sendo usado nos carros como combustível. Eles não têm esse know­-how. Na verdade, os Estados Unidos precisavam incentivar o Brasil a ampliar sua área canavieira para poder vender mais tarde. Quem vai controlar o preço depois? Eles, é claro.
O que pode acontecer em termos ambientais se o governo incentivar a produção de cana para depois produzir etanol?
É simples. Se o governo facilitar; a cana-de-açúcar será o mais novo produto a tentar se estabelecer na Amazônia. Sempre que se deseja ampliar as fronteiras agrícolas do pais se fala na Amazônia. E como se lá houvesse um solo polivalente. Se o preço do etanol subir; vão tentar fazer novas penetrações na floresta. Além da agropecuária, dos madeireiros, dos loteadores e dos plantadores de soja, a Amazônia também poderá ter daqui a algum tempo os cultivadores de cana. Será que ela resiste?



Fonte: Wikipedia e Opinião - Idéias e opiniões socialistas


quinta-feira, 15 de março de 2012

ANÍZIO GORAYEB ABRE CÍRCULO DE PALESTRAS NO JBC


Mais uma vez numa parceria que deu certo... Anízio Gorayeb* se predispõe a doar um pouco de seu conhecimento à comunidade discente da Escola João Bento da Costa na zona sul da cidade. O Diretor Chiquinho Lopes diz que a primeira palestra já serviu de motivação aos alunos do projeto terceirão a saírem em busca de mais conhecimento da história regional, pois muitos dos assuntos destacados bem como a seleção de fotografias que mostraram o início do Município de Porto Velho despertaram a curiosidade dos alunos participantes.




As palestras no JBC envolverão uma média de 600 alunos que fazem parte do projeto terceirão e a conversa transcorreu de forma criativa e divertida. Comentou-se muito à respeito da Estrada de Ferro Madeira Mamoré ,desde o início de sua construção a sua inauguração . Também foi tema da conversa os nomes de destaque na construção da EFMM, os tratados, os governos, a política, o presidente Getúlio Vargas, o JK, além de várias curiosidades como a iluminação da pista do aeroporto, a primeira boate em Porto Velho, o primeiro guaraná, entre outros.


Anízio Gorayeb encanta pelo seu carisma, sua fala, suas explicações e tanto Chiquinho Lopes (Diretor) quanto Elizabet Cândido (Vice-Diretora) afirmam que o resultado positivo vem de um “Circulo de relações comprometidas” aquele grupo especial de pessoas comprometidas com a educação intimamente ligadas aos protagonistas do projeto – os alunos - gente que há pouco tempo vem percebendo o diferencial que há no projeto terceirão, pois percebem que o mesmo vai ao encontro de suas expectativas, vitórias, conquistas, anseios, planos, necessidades e de maneira muito particular com os projetos de vidas individuais. Cursar uma Universidade Federal é a meta e como a cada ano o JBC se supera nos resultados, ninguém quer deixar o nível cair. Anízio é um parceiro que não mede esforços para sanar dúvidas da clientela estudantil e sabe que a educação é um processo de médio e longo prazo, mas é uma das melhores e mais seguras soluções para a vida e o futuro de cada um e do país. E com o terceirão as ações são importantes e planejadas com cuidado para se manter o foco, uma vez que os educadores do terceirão trabalham para isso com diversas ações que visem à formação de uma escola realmente comprometida. Anízio só veio somar a essa equipe e a Escola João Bento da Costa o agradece muito por dispor de seu tempo de forma gratuita a alunos que pertencem a uma comunidade carente, mas que buscam na própria Escola um caminho de vitória e sucesso.


Chiquinho Lopes diz ainda que no JBC há um grupo comprometido, aqueles que não somente se relacionam com o Projeto, mas que se relacionam entre si, dentro e fora das finalidades do Projeto. Uma verdadeira comunidade de solidariedade com benefícios multilaterais envolvendo pessoas de vários segmentos da sociedade em prol dos alunos.


Todos que compareceram à palestra puderam absorver valiosos ensinamentos com relação à EFMM, e amanhã segue a programação com mais duas palestras para alunos do 2º turno sendo  uma às 8:00h e a outra às 10:00 h e na próxima semana mais uma concluindo o trabalho para os 600 alunos do projeto terceirão.JBC agradece mais uma vez a participação de Anízio Gorayeb nesse trabalho em prol de alunos da Escola Pública.




                            "JBC SEMPRE FAZENDO O MELHOR POR VOCÊ !!!!!!!" 


* Anísio Gorayeb Filho é colaborador do Gente de Opinião, natural de Porto Velho, economista, jornalista (Reg. No. 1058/DRT-RO), e funcionário publico. Apresenta programa nas rádio Cultura FM e o quadro “Historias da Nossa Terra” no programa VIVA PORTO VELHO, que vai ao ar todos os domingos às 12h (meio dia) pela Rede TV. E-mail: anisiogorayeb@hotmail.com



quarta-feira, 7 de março de 2012

08 de Março - Dia Internacional da Mulher

POR QUE O DIA 8 DE MARÇO ?
Neste dia, do ano de 1857, as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve, ocupando a fábrica, para reivindicarem a redução de um horário de mais de 16 horas por dia para 10 horas. Estas operárias que, nas suas 16 horas, recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde, entretanto, se declarara um incêndio, e cerca de 130 mulheres morreram queimadas. Em 1910, numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem àquelas mulheres, comemorar o 8 de Março como "Dia Internacional da Mulher". Desde  então  o movimento a favor da emancipação da mulher tem tomado forma, tanto em Portugal como no resto do mundo.

O QUE SE PRETENDE COM A CELEBRAÇÃO DESTE DIA
Pretende-se chamar a atenção para o papel e a dignidade da mulher e levar a uma tomada de consciência do valor da pessoa, perceber o seu papel na sociedade, contestar e rever preconceitos e limitações que vêm sendo impostos à mulher.

A ideia da existência de um dia internacional da mulher surge na virada do século XX, no contexto da Segunda Revolução Industrial e da Primeira Guerra Mundial, quando ocorre a incorporação da mão-de-obra feminina, em massa, na indústria. As condições de trabalho, frequentemente insalubres e perigosas, eram motivo de frequentes protestos por parte dos trabalhadores. Muitas manifestações ocorreram nos anos seguintes, em várias partes do mundo, destacando-se Nova Iorque, Berlim, Viena (1911) e São Petersburgo (1913).
O primeiro Dia Internacional da Mulher foi celebrado em 28 de fevereiro de 1909 nos Estados Unidos, por iniciativa do Partido Socialista da América , em memória do protesto contra as más condições de trabalho das operárias da indústria do vestuário de Nova YorK.
Em 1910, ocorreu a primeira conferência internacional de mulheres, em Copenhaque, dirigida pela Internacional Socialista, quando foi aprovada proposta da socialista alemã Clara Zetkin, de instituição de um dia internacional da Mulher, embora nenhuma data tivesse sido especificada.
Membros da Women's International League for Peace and Freedom, emWashington, D.C., 1922.
No ano seguinte, o Dia Internacional da Mulher foi celebrado a 19 de março, por mais de um milhão de pessoas, na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça.
Poucos dias depois, a 25 de março de 1911, um incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist mataria 146 trabalhadores - a maioria costureiras. O número elevado de mortes foi atribuído às más condições de segurança do edifício. Este foi considerado como o pior incêndio da história de Nova Iorque, até 11 de setembro de 2001. Para Eva Blay, é provável que a morte das trabalhadoras da Triangle se tenha incorporado ao imaginário coletivo, de modo que esse episódio é, com frequência, erroneamente considerado como a origem do Dia Internacional da Mulher.
Em 1915, Alexandra Kollontai organizou uma reunião em Christiania (atual Oslo), contra a guerra. Nesse mesmo ano, Clara Zetkin faz uma conferência sobre a mulher.
Na Rússia, as comemorações do Dia Internacional da Mulher foram o estopim da Revolução russa de 1917. Em 8 de março de 1917 (23 de fevereiro pelo calendário juliano), a greve das operárias da indústria têxtil contra a fome, contra o czar Nicolau II e contra a participação do país na Primeira Guerra Mundial precipitou os acontecimentos que resultaram na Revolução de Fevereiro. Leon Trotsky assim registrou o evento:“Em 23 de fevereiro (8 de março no calendário gregoriano) estavam planejadas ações revolucionárias. Pela manhã, a despeito das diretivas, as operárias têxteis deixaram o trabalho de várias fábricas e enviaram delegadas para solicitarem sustentação da greve. Todas saíram às ruas e a greve foi de massas. Mas não imaginávamos que este ‘dia das mulheres’ viria a inaugurar a revolução”.
Berlim Oriental, Unter den Linden, (1951). Retratos de líderes da Internationalen Demokratischen Frauen-Föderation (IDFF), na 41°edição do Dia Internacional da Mulher.
Após a Revolução de Outubro, a feminista bolchevique Alexandra Kollontai persuadiu Lenin para torná-lo um dia oficial que, durante o período soviético, permaneceu como celebração da "heróica mulher trabalhadora". No entanto, o feriado rapidamente perderia a vertente política e tornar-se-ia uma ocasião em que os homens manifestavam simpatia ou amor pelas mulheres - uma mistura das festas ocidentais do Dia das Mães e do Dia dos Namorados, com ofertas de prendas e flores, pelos homens às mulheres. O dia permanece como feriado oficial na Rússia, bem como na Bielorrússia, Macedónia,Moldávia e Ucrânia.
Na Tchecoslováquia, quando o país integrava o Bloco Soviético (1948 - 1989), a celebração era apoiada pelo Partido Comunista. O MDŽ (Mezinárodní den žen, "Dia Internacional da Mulher" em checo) era então usado como instrumento de propaganda do partido, visando convencer as mulheres de que considerava as necessidades femininas ao formular políticas sociais. A celebração ritualística do partido no Dia Internacional da Mulher tornou-se estereotipada. A cada dia 8 de março, as mulheres ganhavam uma flor ou um presentinho do chefe. A data foi gradualmente ganhando um caráter de paródia e acabou sendo ridicularizada até mesmo no cinema e na televisão. Assim, o propósito original da celebração perdeu-se completamente. Após o colapso da União Soviética, o MDŽ foi rapidamente abandonado como mais um símbolo do antigo regime.
No Ocidente, o Dia Internacional da Mulher foi comemorado durante as décadas de 1910 e 1920. Posteriormente, a data caiu no esquecimento e só foi recuperada pelo movimento feminista, já na década de 1960, sendo, afinal, adotado pelas Nações Unidas, em 1977. (fonte: wikipedia.org)

"Neste dia internacional da mulher, 
lembra-te que podes divinizar-te 
pela admiração da mulher. "

Um lindo e feliz  dia às mulheres que frequentam esse blog!

domingo, 4 de março de 2012

O que é IDH ?

IDH no Brasil

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida comparativa usada para classificar os países pelo seu grau de "desenvolvimento humano" e para separar os países desenvolvidos (muito alto desenvolvimento humano), em desenvolvimento (desenvolvimento humano médio e alto) e subdesenvolvidos (desenvolvimento humano baixo). A estatística é composta a partir de dados de expectativa de vida ao nascer, educação e PIB (PPC) per capita (como um indicador do padrão de vida) recolhidos a nível nacional. Cada ano, os países membros da ONU são classificados de acordo com essas medidas. O IDH também é usado por organizações locais ou empresas para medir o desenvolvimento de entidades subnacionais como estados, cidades, aldeias, etc.
O índice foi desenvolvido em 1990 pelos economistas Amartya Sen e Mahbub ul Haq, e vem sendo usado desde 1993 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento no seu relatório anual.


Dentro do Brasil ocorrem diferenças em relação ao IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), esse avalia as condições de vida das pessoas em nível geral ou particular, então existem regiões, estados ou municípios com maior ou menor índice de IDH.

O IDH é avaliado com base nos indicadores sociais (taxas de natalidade, mortalidade, expectativa de vida, analfabetismo, condições médico-sanitárias etc.).

Através de estudos realizados pela ONU, ficou constado que dentro do território brasileiro existem praticamente cinco países, ou seja, cinco realidades distintas.

De forma ordenada podemos classificar em primeiro a região que compreende o sul, em sua totalidade, abrangendo ainda São Paulo, Rio de Janeiro e o Distrito Federal, esses representam o melhor IDH.
Em segundo está a região intermediária que corresponde aos estados do Espírito Santo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, fazem parte ainda Minas Gerais, Goiás e Amapá.
Na terceira região estão presentes os estados de Tocantins, Pará, Amazonas, Rondônia e Roraima.
O quarto grupo, ou quarta região, é formado pelo Acre, Bahia, Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte, e, por fim, o quinto grupo que é composto pelos estados do Maranhão, Piauí, Alagoas, Sergipe e Paraíba. O IDH desses últimos estados pode ser comparado ao dos países mais pobres do mundo, como Bangladesh e Haiti.
A Humana, através de seus projetos, luta para diminuir estas diferenças!



Mapa do IDH do Brasil

Lembre-se que: de O a 0,499 o IDH é considerado BAIXO; de 0,500 a 0,799 é considerado nível MÉDIO e igual ou superior a 0,800, nível ALTO.

Fonte: Brasil Humana